O número de casos confirmados de dengue no Amazonas apresentou queda de 40% nos seis primeiros meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2013. Conforme dados do Sistema de Informações Governamentais do Amazonas (e-Siga), divulgados nessa quinta-feira (10), 7,9 mil casos da doença foram registrados até junho contra 13,3 mil no primeiro semestre do ano passado.

Junho (446), maio (979) e abril (1.317) foram os meses que menos tiveram notificações de dengue no Estado, mantendo o cenário de 2013 quando 848, 1.010 e 1.962 pessoas contraíram a doença, nos respectivos meses. Com 1.940 casos, janeiro apresentou a maior incidência de casos de dengue, neste ano. Em 2013, março (3.760) ocupou o primeiro lugar no ranking da doença.

Seguindo a tendência estadual, Manaus também obteve redução na quantidade de pessoas infectadas pelo mosquito Aedes aegypti, no último semestre, 72,4%. Enquanto no ano passado mais de 12 mil casos foram confirmados, até junho apenas 3,3 mil registros foram feitos.

Junho (239), maio (520) e abril (796) tiveram o menor número de casos, em 2014, fato também observado no ano anterior, com 769, 907 e 1.749 ocorrências registradas, respectivamente.

Municípios

No que se refere ao interior do Estado, apenas os municípios de Tabatinga e Nova Olinda do Norte disponibilizam dados sobre a incidência de casos da doença. Em Tabatinga, o número de pessoas infectadas pelo mosquito saltou de 228, no ano passado, para 1,7 mil neste ano, um acréscimo de 1,5 mil casos. Já em Nova Olinda do Norte, a diferença no período foi de apenas um caso. De janeiro a junho deste ano, quatro pessoas apresentaram a doença contra cinco em 2013.

Segundo o diretor-presidente da Fundação de Vigilância Sanitária e Saúde (FVS), Bernardino Albuquerque, a intensificação das ações de combate às larvas do mosquito, ao vetor adulto e de caráter educativo nas escolas, no final do ano passado, em virtude da Copa do Mundo contribuiu para a redução dos casos de dengue em Manaus e em alguns municípios.

“A intensificação das ações de combate à proliferação teve início em outubro, devido à Copa. E Manaus foi o principal foco da intensificação. A tendência é reduzir cada vez mais”, disse. Albuquerque explicou, ainda, que a inexistência do número de casos confirmados de dengue no interior do Amazonas está ligada à dificuldade de acesso a laboratórios.

“Para fazer a confirmação do caso, é preciso laboratórios. Em Tabatinga, nós temos um acesso facilitado, mas nos demais disponibilizamos o teste rápido, que não é aceito pelo Ministério da Saúde, devido ao grande número de negativas”, afirmou o diretor.

Fonte: Portal D24am
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