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Estado monitora vírus que causam doenças respiratórias.
Última atualização: 14 de Julho de 2014 - 20:03

 

Buscando  o monitoramento da circulação de vírus que causam doenças respiratórias na população, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), do governo do Estado, realiza a busca ativa por meio de dois tipos de porta de  entrada, o primeiro por quatro unidades de saúde (duas infantis e duas adultas),  que  registram e notificam casos de síndrome gripal e segunda por quatro unidades de saúde públicas que contam com  serviços de terapia intensiva, com  pacientes com síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

De acordo com o diretor-presidente da FVS-AM, Bernardino Albuquerque, nas duas situações são coletadas amostras de secreção respiratória e processados exames laboratoriais para a identificação do vírus no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-AM).

“Esse reconhecimento é importante porque subsidia o Ministério da Saúde para a fabricação da vacina contra gripe que será composta pelos vírus mais frequentes, como também demonstra circulação viral, principalmente dos que determinam quadros de maior gravidade, incluindo óbitos”, explica Albuquerque, ressaltando que além do Influenza A (H1N1), existem outros também tão perigosos quanto o H3N2, Metapneumovírus, Adenovírus, Vírus Sincicial Respiratório, influenza B, Parainfluenza 3. 

Albuquerque esclarece que os vírus monitorados no Estado são os mesmos que circulam no resto do País. “Estamos saindo do período sazonal da doença, porém o acompanhamento  é contínuo, pois possibilita identificar com precisão os tipos virais que mais acometem a população”, diz.

Notificações

Este ano, foram confirmados 20 casos de influenza por H1N1 com quatro mortes até maio. No mesmo período do ano passado, foram registrados dez casos confirmados, sem óbito por H1N1, mas sim por H3N7.

“É importante esclarecer à população que, em caso de quadro clínico gripal, principalmente em pessoas incluídas nos chamados grupos de risco de complicações (idosos, gestantes, portadores de doenças crônicas, crianças menores de cinco anos, imunodeprimidos, indígenas) procure uma unidade de saúde, pois a maior parte dos casos graves são em pacientes que buscaram tardiamente os serviços de saúde, não tomaram a medicação em tempo hábil, ou seja, foram pacientes que já chegaram em estado avançado da doença”, diz o diretor.   

Sobre a doença, Albuquerque alerta para algumas medidas de prevenção, como ficar em locais arejados, lavar sempre as mãos, cobrir a boca e nariz com as mãos ao espirrar ou tossir, lavar as mãos com frequência ou fazer higiene das mãos com álcool a 70C, reforça o especialista.  

“Além disso, é de extrema importância evitar a automedicação. O uso dos remédios sem orientação médica pode facilitar o aparecimento de cepas resistentes à medicação”, enfatiza Albuquerque.