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FVS registra 42 novos casos de malária por dia, em média, no Amazonas.
Última atualização: 23 de Janeiro de 2015 - 09:48

Manaus - A Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) registrou, em   média, 42 novos casos de malária por dia, este ano, no Amazonas. Segundo dados do Sistema de Informações Governamentais do Amazonas (E-siga), entre os dias 1º  e 20  foram 855 notificações da doença no Estado.

O total de infectados nos primeiros 20 dias de 2015 pode ser ainda maior, porque os dados do interior do Estado ainda não foram completamente tabulados pelo sistema, segundo o diretor-presidente da FVS, Bernardino Albuquerque. Entre 2013 e 2014 houve uma queda de 12% nos casos de malária em todo o Estado, mas em Santo Antônio do Iça, Jutaí, Humaitá Barcelos, Lábrea e Tefé o número de vítimas foi maior. 

Em Manaus, os focos do mosquito transmissor têm maior incidência nas zonas norte, leste e rural. Bernardino alerta que qualquer suspeita de malária deve ser examinada o mais rápido possível para evitar novas vítimas no mesmo ambiente. 

Os primeiros sintomas da doença são febre alta, dor no corpo e calafrios. “É parecido com a gripe, mas a febre da malária geralmente aparece no mesmo horário do dia e passa depois de uma hora aproximadamente”, alerta Bernardino. A FVS orienta para que as pessoas procurem uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para fazer o diagnóstico. 

Para o diretor-presidente, a prevenção pode auxiliar no combate ao mosquito transmissor. Ele explica que o vetor procura vítimas entre 18h e 6h e orienta que, neste horário, a população das áreas de risco use repelente e mosqueteiro. Outra medida de segurança é colocar tela de proteção nas janelas e manter a porta fechada a partir das 17h30. 

A FVS pulveriza inseticida nas áreas com foco de mosquito e faz uma vistoria na área quando há notificação de novos casos. Bernardino Albuquerque afirmou que muitas vezes os agentes são impedidos de entrar nas residências para aplicar o inseticida. Ele convoca a população a colaborar com o combate à malária. “A recusa acontece por vários motivos: medo de alguém estranho entrar ou não querer afastar os móveis da parede”, disse. 

A agricultora Nazaré Aparício Catique, 56, teve malária nove vezes. Ela conta que fez todo o tratamento na Fundação de Medicina Tropical  (FMT), em Manaus, e que há oito anos não sente mais os sintomas da doença. Nazaré mora no Ramal São Francisco, na Estrada AM-010. “Na minha casa, todo mundo já teve malária várias vezes, mas depois  que a FVS passou o fumacê não tivemos mais casos”, relatou.

Fonte: Portal D24
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