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Amazonas registra queda de 82% nos caso de dengue em janeiro.
Última atualização: 4 de Fevereiro de 2015 - 17:11

A redução de 82% casos de dengue foi registrado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) em janeiro de 2015, comparado ao mesmo período do ano passado. Em 2014 foram 1.975 casos notificados em todo o Amazonas e, no mês passado foram somente 348.

Apesar da abrupta queda, as autoridades redobram as campanhas de prevenção, principalmente no período chuvoso, onde aumenta a quantidade de criadouros artificiais.

 “Não podemos ‘abrir a guarda’, temos que intensificar as ações e continuar adotando as medidas. Pela avaliação que fizemos semana passada, a densidade vetorial em Manaus continua alta, por conta dos criadores”, defendeu o diretor-presidente da FVS, Bernardino Albuquerque.

Por isso, a importância da participação de todos em eliminar os criadouros do mosquito, tão comuns nos períodos chuvosos.

“Houve a diminuição significativa, mas a situação ainda é preocupante. Agora estamos entrando no período de chuvas propriamente dito. Também há a preocupação do retorno das férias, principalmente em locais de trânsito de dengue e Chikungunya, a medida que as pessoas voltem doente ou no período de incubação podem construir um aumento na circulação viral na capital e conseqüente aumento de casos”, disse.
 

Incidência no interior

Dos 348 casos notificados em janeiro, quase 50% deles, exatamente 150, são originados de Manaus. No interior, o município campeão no número de casos foi Guajará com 82, seguido de Novo Aripuanã com 42, Tabatinga com 31, Tefé com 14 e Manacapuru com 12 casos.

“Estive no último fim de semana em Guajará para averiguar a situação que é preocupante em função do município ser limítrofe com Cruzeiro do Sul, no Acre, e ser uma fronteira aberta, com grande trânsito de pessoas. Fomos analisar a situação para discutir estratégias e medidas de controle”, afirmou o presidente.

Em comparação com outros estados brasileiros, o Amazonas destacou-se pela redução na quantidade de casos. Somente neste ano, cinco pessoas morreram em São Paulo vítimas de dengue, de acordo com informações do Ministério da Saúde.

Há municípios que anunciaram estar passando por uma epidemia. No município de Guararapes, por exemplo, 1.355 casos foram notificados em janeiro e 731 foram confirmados. Já em Catanduva, há 615 casos confirmados. Lá um homem de 68 anos morreu por conta da doença.

“Tem tido uma alta incidência em São Paulo, e Rio de Janeiro, onde vem aumentando muito. No Amazonas a situação esta tranquila, mas não podemos contar vitória”, observou.

A redução da incidência da doença no Amazonas vem sendo observada desde 2014, com uma queda de 58% nos casos de dengue. Em 2013 foram 24.105 mil e em 2014 foram contabilizados 10.005 mil casos.

Na semana passada, o Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém, confirmou mais dois casos da febre Chikungunya no Amazonas, totalizando sete casos. Assim como os outros cinco casos, os dois novos são “importados”.

Desta vez, a doença foi identificada em dois amazonenses – um homem e uma mulher, residentes em Manaus – que viajaram para Colômbia e Venezuela. De acordo com informações da FVS, eles receberam o tratamento mesmo antes da confirmação laboratorial. Nos casos suspeitos são realizados protocolos de Manejo Clínico.

Dentre os casos importados confirmados Manaus, o primeiro foi do soldado em missão no Haiti, ainda na época da Copa do Mundo. Ele era de Manaus, e quando voltou para o Brasil doente foi tratado em São Paulo e não retornou ao Amazonas.

O segundo foi de uma mulher venezuelana, que veio à cidade visitar parentes. O caso foi confirmado no dia 3 de novembro. O terceiro foi confirmado oito dias após o primeiro, dia 11 de novembro, e foi uma paciente é brasileira, residente na Guiana durante visita a Manaus.

Já o quarto foi confirmado dia 5 de dezembro, de outra venezuelana que mora na capital amazonense, mas tinha viajado à Venezuela onde contraiu a doença. O quinto caso foi confirmado dia 7 de janeiro, quando uma venezuelana de 23 anos apresentou sintomas da febre após viajar ao país de origem.
 

Aedes Aegypti

Combatendo o mosquito da dengue, o Aedes Aegypti, se combate o Chikungunya, por isto a importância de eliminar os criadouros. “Os dois têm o mesmo vetor que é o Aedes Aegypti. A preocupação é que a doença é praticamente nova e a população esta extremamente suscetível”, afirmou Albuquerque.

Os sintomas de ambas as doenças são parecidos com quadro febril, dor de cabeça, náuseas e dores musculares. Contudo, a febre apresenta intensas dores nos músculos.O Chikungunya também pode ser transmitido pelo Aedes albopictus.

Por Ive Rylo (Jornal EM TEMPO)

Fonte: Em Tempo
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