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Manaus permanece em médio risco para dengue e chikungunya, releva pesquisa.
Última atualização: 6 de Fevereiro de 2015 - 11:48

O primeiro Levantamento de 2015 do Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), realizado pela Prefeitura de Manaus, apontou que a capital do Amazonas permanece em médio risco para dengue e chikungunya. O valor encontrado para o Índice Predial foi 3,5%. Em janeiro de 2014, esse índice era de 3,9% o que demonstra estabilidade do indicador, com ligeira melhora do dado (médio risco compreende valores entre 1% e 3,9%).   

O levantamento foi realizado entre os dias 20 e 30 de janeiro, quando foram visitados mais de 29 mil imóveis em todos os bairros de Manaus. A ação envolveu mais de 390 profissionais, entre agentes de controle de endemias, supervisores, coordenadores e outros profissionais.

“Isso demonstra que temos que ficar atentos nas nossas próprias casas, eliminando todos os focos do mosquito, principalmente não deixando lixo acumulado e as caixas d´água devem estar vedadas. A população precisa aderir à Campanha 10 minutos contra a Dengue, que lembra a necessidade de toda a semana se fazer uma vistoria na residência para eliminar qualquer depósito de água limpa. Só assim, venceremos o mosquito”, ressaltou o secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão Neto.

O LIRAa apontou que o Distrito com maior infestação é o Leste, com Índice Predial de 6,6 e oito bairros classificados como de alto risco para a transmissão de doenças pelo Aedes Aegypti, são eles: Jorge Teixeira, São José, Gilberto Mestrinho, Tancredo Neves, Armando Mendes, Zumbi, Coroado e Colônia Antonio Aleixo .

O Distrito Norte é o segundo de maior infestação com Índice Predial de 3,0 e os bairros Nova Cidade e Cidade de Deus classificam-se como alto risco. Os demais bairros dos Distritos Leste e Norte encontram-se em médio risco de transmissão.

Os depósitos que mais contribuem para a proliferação do mosquito Aedes aegypti em Manaus são os depósitos de água para consumo em nível de solo, como tambores, tonéis ou camburões, seguidos de lixo acumulado nos quintais.

“Isso vem sendo observado nos levantamentos anteriores e tem apontado à necessidade de uma somatória de esforços, como o que estamos fazendo com outras secretarias municipais por determinação do prefeito Arthur Virgílio Neto, para que o combate a esse mosquito ocorra de maneira mais efetiva”, destacou Homero.

O secretário municipal de Saúde acrescentou a importância de se identificar que o lixo, que pode gerar doenças à população, em sua maioria, é composto por materiais recicláveis, que poderiam gerar emprego e renda. “O tema tem sido apresentado para o Gabinete de Gestão Integrada Municipal e traz em si o desafio para a implementação de políticas públicas que possam auxiliar a transformar essa realidade”, acrescentou.

Junto ao resultado do 1° LIRAa de 2015, também foi apresentado o resultado das ações desenvolvidas após o último levantamento de 2014, que ocorreu no início de novembro, e que implicou na redução da infestação dos bairros Novo Aleixo e Redenção.

“O sucesso das ações nesses locais deve-se, além da visita casa a casa do agente de controle de endemias, a ações de mutirão de limpeza urbana, intensificação de atividades de educação em saúde na região com ampla implantação da Campanha 10 minutos Contra a Dengue e principalmente o maior envolvimento dos moradores e de lideranças locais”, afirmou o secretário.

Homero também alertou que o combate ao mosquito Aedes evita que o vírus Chikungunya chegue ao município. “Até o momento, Manaus teve seis casos confirmados da doença, todos importados de países vizinhos. O fim das férias escolares, com o retorno para a capital de milhares de pessoas que estavam viajando, o Carnaval e o período chuvoso, período de maior infestação do mosquito Aedes aegypti, têm mantido as equipes de saúde em constante alerta”, ressaltou.

O Aedes pode transmitir quatro sorotipos de dengue e também o vírus Chikungunya, doença que provoca febre alta, dores nas articulações, principalmente mãos, pés e joelhos, inchaço, manchas vermelhas no corpo, sintomas semelhantes aos da dengue. Apesar das formas hemorrágicas serem raras, a preocupação é que a dor articular pode durar meses ou anos e exigir tratamentos específicos. “Aparecendo qualquer sintoma suspeito, é importante buscar uma Unidade Básica de Saúde que irá atendê-lo e  orientá-lo sobre tratamento e exames, além de desencadear as ações de bloqueio com inseticida”, informou Homero.

Com informações da assessoria de comunicação

Fonte: Em Tempo
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