O Ministério da Saúde anunciou  que meninas de nove a onze anos já podem ser vacinadas contra o vírus HPV pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Desde a semana passada, a vacina está disponível nos 36.000 postos de saúde do país. O objetivo do governo é imunizar 80% do público-alvo, o equivalente a 4,94 milhões de pré-adolescentes.

Em 2016, haverá uma nova mudança e a vacinação será restrita às meninas de nove anos. De acordo com o Ministério da Saúde, estudos mostram que essa faixa etária apresenta melhores resultados na eficácia da vacina, pois é quando a produção de anticorpos é mais intensa.

Outra novidade deste ano é que portadoras de HIV com idades entre 9 e 26 anos também poderão receber a vacina. Essas pessoas são mais suscetíveis a complicações decorrentes do HPV, com probabilidade cinco vezes maior do que a da população em geral de desenvolver câncer no colo do útero. A inclusão do grupo segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Comitê Técnico Assessor de Imunizações (CTAI) do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Proteção - A vacinação se dá de forma gradativa e totaliza três aplicações: a segunda dose é aplicada seis meses depois da primeira – e garante proteção contra o HPV. Passados cinco anos, será aplicada a terceira dosagem da vacina, que serve como um reforço para manter a imunização duradoura. Quando seguido todo o protocolo, a vacina atinge eficácia de 98,8%. A partir de 2016, serão vacinadas apenas as meninas que completarem nove anos.

Para as mulheres com HIV, o esquema vacinal também conta com três doses, mas com intervalos diferentes. A segunda e a terceira doses serão aplicadas dois e seis meses após a primeira.

O Ministério da Saúde recomenda que os Estados e municípios façam parcerias com as escolas, repetindo a estratégia adotada na primeira dose da vacina no ano passado, quando 100% das meninas de 11 a 13 anos foram vacinadas. Já a segunda dose, aplicada apenas nos postos de saúde, atingiu 58,7% do público-alvo.