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O poder do sol: Exposição diária é fonte de Vitamina D
Última atualização: 20 de Julho de 2015 - 17:30

Cinco a 20 minutos de banho de sol com braços e pernas expostos é o que o corpo precisa para recarregar o estoque diário de uma supervitamina que fortalece o sistema imunológico, preA vitamina D vine o raquitismo e a osteoporose e melhora o sistema cardiovascular. A vitamina em questão é a D, que também pode ser encontrada em alguns alimentos, porém em quantidade até 90% menor.

As estatísticas apontam que mais de 1 bilhão de pessoas no mundo têm deficiência da vitamina, resultado principalmente do estilo de vida atual, em que os indivíduos passam mais tempo confinados em escritórios, apartamentos e outros ambientes do que em contato com os poderosos raios ultravioleta.

O médico especialista em obesidade, Ellysson Abinader, aponta um problema nessa equação, levando em conta que os filtros solares a partir do fator 30 podem bloquear 95% da absorção da luz solar.“Infelizmente, o intervalo de maior produção de Vitamina D coincide com o período em que não se recomenda a exposição desprotegida ao Sol, que é entre as 10h e 16h. Na dúvida, é sempre bom consultar um dermatologista para exposições esporádicas fora desses horários”, afirma.

Suplementos

egundo Marise Lazaretti Castro, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a suplementação é indicada para aqueles que não conseguem garantir a exposição ao Sol pelo tempo necessário ou para os que estão proibidos por recomendação médica de tomar sol.Há ainda os grupos mais propensos à deficiência ou insuficiência da vitamina, como pacientes com síndrome de má absorção, mulheres pós-menopausa, crianças, gestantes, obesos, pacientes pós-cirurgia bariátrica e idosos, principalmente os acamados.

“Um exame de sangue laboratorial é a maneira mais eficaz de verificar o nível de vitamina D presente no organismo. A partir daí, caso o médico verifique deficiência, ele parte para a suplementação, que é a forma mais fácil e rápida de reequilibrar o organismo”, aconselha a médica. Para adultos, gestantes e idosos, a dose diária indicada do suplemento de Vitamina D é de 1.500 a 2.000 UI (Unidade Internacional), enquanto uma exposição de cinco a dez minutos ao Sol faz o corpo produzir em torno de 3.000 UI.

Para Abinader, porém, a necessidade diária de vitamina D deve ser individualizada e deve-se levar em consideração a cor da pele, hábitos de vida, tempo de permanência no Sol, fatores ambientais e alimentação. Ele ainda alerta para a suplementação em doses altas e sem recomendação médica, o que pode causar distúrbios no metabolismo do cálcio e fósforo.


Benefícios

De acordo com Abinader, a vitamina D tem funções em todos os órgãos do corpo que vão muito além daquela atribuída na sua descoberta. “Ela é participante importante na resposta imunológica e saúde cardiovascular, assim como no metabolismo glicêmico. Estudos também apontam a importância da vitamina D nas doenças reumatológicas”.

“A deficiência grave de vitamina D produz uma doença chamada osteomalácea, que significa amolecimento ósseo. Nos adultos e idosos, a deficiência moderada pode piorar a osteoporose e aumentar o risco de fraturas ósseas”, conclui Marise.

Quando redobrar a atenção

Na infância, a doença mais evidente causada pela deficiência de vitamina D é o raquitismo, que provoca crescimento deficiente, fraqueza muscular e encurvamentos dos membros inferiores. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia recomenda de 600 a 1.000 UI diárias de vitamina D a partir do primeiro ano de vida, taxa que não muda até os 18 anos.

“A vitamina D é extremamente importante para o desenvolvimento saudável da criança. Assim, ela pode aproveitar a praia e a piscina desde cedo. No entanto, os horários de pico devem ser evitados, pois é quando a intensidade dos raios ultravioleta é muito forte e pode causar danos à pele, principalmente na do bebê, que é mais sensível”, explica Marise Lazaretti.

Gestantes e lactantes também devem redobrar a atenção aos seus níveis de vitamina D, pois nessas fases elas se tornam responsáveis pela nutrição de seu corpo e do feto ou bebê. “A gestação é um período crítico, pois com o objetivo de evitar a formação de melasma (manchas escuras de pele), a gestante é geralmente orientada a evitar a exposição ao Sol”, explica Talita Poli Biason, médica da unidade MIP Aché.

Sintomas da deficiência de vitamina D

Fraqueza muscular; Osteoporose; Problemas caridovasculares; Asma; Baixa resistência a infecções; Raquitismo e Espasmos musculares.

Uma verdade e um mito

A vitamina D é um hormônio. VERDADE. Tecnicamente, a vitamina D é considerada um pró-hormônio, mas não há nada de errado em chamá-la de vitamina D, já que foi consagrada assim ao longo do tempo.

É possível obter os níveis adequados de vitamina D pela alimentação. MITO. O consumo alimentar não é suficiente para manter os níveis adequados. Noventa por cento da vitamina D é sintetizada na pele humana a partir da exposição ao Sol e apenas 10% a 20%  equivale às fontes dietéticas.