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Número de casos de malária no Amazonas ainda preocupa
Última atualização: 23 de Julho de 2015 - 21:17

No primeiro semestre deste ano, 31,8 mil casos de malária foram registrados no Amazonas, sendo aproximadamente três mil na capital. Durante o mesmo período de 2014, foram 31,1 mil diagnósticos. O ano passado encerrou com 65, 5 mil casos, uma redução de quase 60% de diagnósticos comparado com nove anos antes ( 230 mil pessoas tiveram malária em 2005).

A aposentada Teresa Balbi, 65, foi uma das vítimas do mosquito no início dos anos 2000. “Foi muito triste. Estive num sítio e o mosquito me picou. Depois de quase 12 dias a doença se manifestou. Senti muita febre e um frio incontrolável. É uma doença que nos deixa debilitados e que não temos como prever”, relata.

Ela conta que demorou quase três meses para se curar. Porém, com o avanço e descentralização do tratamento, o diretor da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Bernardino Albuquerque, garante que o tratamento pode durar até sete dias atualmente. A taxa de óbito é de três a quatro pacientes por ano.

“Obviamente que a gente tem trabalhado com alguns obstáculos, principalmente em relação a questão das alterações ambientais e climáticas. Mas a Fundação de Medicina Tropical fez um grande trabalho de expandir os serviços de diagnósticos e tratamento da malária para todos os municípios”.

El informou, ainda, que o tratamento também pode ser feito em qualquer posto de saúde. “As drogas que utilizamos são diferentes de um plasmose para outro, por isso é muito importante o diagnóstico precoce”.

 

‘Sintomas’

A principal manifestação clínica da malária em sua fase inicial é a febre, associada ou não a calafrios, tremores, suores intensos, dor de cabeça e dores no corpo. A pessoa que contraiu a doença pode ter também, dentre outros sintomas, vômitos, diarréia, dor abdominal, falta de apetite, tonteira e sensação de cansaço.

Bernardino Albuquerque alerta ainda para o período do ano considerado de maior risco de transmissão. “Este período que estamos vivendo é o mais crítico por conta da descida das águas”.

Os locais com mais riscos são as áreas de periferias, invasões e áreas rurais. “Queremos alertar para que, assim que algum sintoma for percebido, a pessoa procure imediatamente um posto de saúde mais próximo de sua casa”.

A principal recomendação é de que as pessoas evitem essas áreas. Na hipótese de não ser possível, que adotem as medidas mínimas de proteção evitando, por exemplo, se expor ao contato com mosquito vetor, cujo hábito de picar vai do entardecer às primeiras horas da manhã.