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Campanha pretende prevenir contra as hepatites virais, em Manaus
Última atualização: 27 de Julho de 2015 - 14:32

Manaus - Começa, nesta segunda-feira (27), no Amazonas, a campanha de combate às hepatites virais, que antecipa o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais (28 de Julho). A solenidade ocorre às 8h na Fundação Alfredo da Mata (Fuam), na Cachoeirinha, zona sul da capital, com realização de teste rápido para Hepatite C, imunização para Hepatite B, palestras e panfletagem em frente à instituição e distribuição de preservativos.

O secretário de Estado de Saúde, Pedro Elias de Souza, explicou que a campanha, que vai até no dia 31, tem o propósito de reforçar os alertas para a prevenção e detecção da doença. No Amazonas, foram registrados 410 novos casos, no período de 1º de janeiro a 15 de julho deste ano, conforme o Sistema de Notificação de Agravos (Sinan). 

Entre os anos de 1975 a 2015, foram confirmados 8.538 casos da doença, sendo 3.416 do tipo A, 2.825 do tipo B, 1.662 do tipo C e 635 do tipo D. As maiores incidências foram nos municípios de Manaus, Eirunepé, Coari, Atalaia do Norte, Lábrea, Boca do Acre, Guajará, Manacapuru, Fonte Boa e São Paulo de Olivença. 

Como parte da programação da campanha, no dia 30, das 9h às 11h, as atividades ocorrerão no Porto da Manaus Moderna, no Centro, com a distribuição de preservativos e folders informativos. Até o dia 31, a população poderá fazer teste rápido para detecção da Hepatite C nas unidades de saúde e instituições parceiras.  Haverá ainda a imunização contra Hepatite B. 

As hepatites podem ser causadas pelos vírus do tipo A, B, C, D e E e comprometem o fígado, um dos órgãos mais importantes do corpo humano. Segundo a coordenadora estadual de DST/Aids e Hepatites Virais, vinculada à Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT/AM), órgão da Susam, infectologista Silvana Lima, os tipos considerados mais graves – B, C e D – podem ser transmitidos por meio da relação sexual desprotegida, transfusão de sangue e derivados contaminados, uso de drogas, compartilhamento de seringas agulhas, escova de dentes, lâmina de barbear e outros objetos, aleitamento materno e transmissão  vertical (de mãe para o bebê, durante o parto). “No Brasil e no mundo as hepatites virais ainda são um problema de saúde pública”, avisa.