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Mais de 90 casos de hepatites são registrados, em média, por mês no Amazonas
Última atualização: 28 de Julho de 2015 - 13:32

Manaus - De janeiro a junho deste ano, 569 casos confirmados de hepatites foram diagnosticados, no Amazonas, pela Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HDV), segundo dados disponíveis no Sistema de Informações Governamentais do Amazonas (E-siga). Apesar de estar menor 11,5% em relação ao mesmo período de 2014, o número equivale, em média, a 94,8 novos casos por mês. 

Hoje é lembrado o Dia Mundial de Combate à Hepatite. A data tem o objetivo de chamar a atenção da população para a prevenção, diagnóstico e tratamento da doença.  

Com 146 diagnósticos, o mês de março foi o que apresentou o maior pico neste ano, seguido pelo mês de janeiro (129), fevereiro (116), abril (66) e junho (50).

De janeiro a junho do ano passado, 643 pessoas tiveram o diagnóstico confirmado para a hepatite, de acordo com o E-siga, tendo sido os meses de fevereiro (136), junho (131) e maio (117) os com maior incidência. Em todo o ano passado, 1.198 diagnósticos da doença foram realizados pela FMT-HDV.

O sistema de informações do Estado mostra, ainda, o número de pacientes atendidos, na unidade de saúde, com sintomas da doença. Conforme as estatísticas, até junho deste ano, 37.655 atendimentos de pacientes com casos sindrômicos de hepatite já haviam sido realizados. O número equivale a uma média de 6.275 consultas mensais. No comparativo com o ano anterior, quando 36.925 pessoas recorreram à FMT-HDV com sintomas, o número de atendimentos do tipo caiu 1,9%. 

Em todo o ano passado, 73.992 atendimentos de pacientes com a doença foram realizados, na FMT-HDV.

O mês de junho, com 8.837 casos foi o que demandou mais atendimentos, na Fundação, seguido pelos meses de maio (7.428), março (5.877), janeiro (5.719), abril (5.603) e fevereiro (4.191). 

Segundo a coordenadora estadual de DST/Aids e Hepatites Virais, vinculada à FMT-HDV, Silvana Lima, os tipos B, C e D, considerados mais graves, podem ser transmitidos durante relações sexuais desprotegidas, transfusão de sangue e aleitamento materno, entre outros. As hepatites do tipo A, B, C D e E compreendem o fígado, um dos órgãos mais importantes do corpo humano.

No Amazonas, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde  (Susam), entre 1975 e 2015, foram confirmados 8.538 casos da doença, sendo 3.416 do tipo A, 2.825 do tipo B, 1.662 do tipo C e 635 do tipo D.

Manaus, Eirunepé, Coari, Atalaia do norte, Lábrea, Boaca do Acre, Guajará, Manacapuru, Fonte Boa e São Paulo de Olivença foram os municípios que apresentaram a maior incidência.

Os sintomas mais comuns de hepatites virais são mal-estar e cansaço. Em algumas fases da doença, a pele e os olhos podem ganhar uma cor amarelada e a urina ficar escura. 

De acordo com o médico infectologista Alexandre Cunha, os tipos de hepatites virais possuem sintomas semelhantes, mas com evolução e prognósticos diferentes. “As hepatites B e C podem evoluir para a cronicidade, de maneira silenciosa, podendo levar à cirrose ou câncer de fígado”, alerta.