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Amazonas registrou mais de 85 mil casos de doenças diarreicas no primeiro semestre
Última atualização: 30 de Julho de 2015 - 13:23

Manaus - Após a enchente do Rio Negro este ano,  que alcançou a cota de 29,64 metros e atingiu três mil famílias em Manaus,  moradores das áreas alagadas  enfrentam   sujeira, entulho, lixo e mau cheiro,  durante a vazante. A Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) alerta para o risco de hepatite A, leptospirose, tétano, malária e diarreias infecciosas neste período.

Segundo levantamento da FVS, mais de 85 mil casos de doenças diarreicas  foram registrados, no Amazonas, no primeiro semestre deste ano. destes, 27 mil na capital. Foram confirmados 33 casos de leptospirose, dos quais 29  em Manaus. No período, ainda, 142 pessoas contraíram hepatite A, sendo que destas, 78 residem na capital.

 O presidente da FVS,  Bernardino Albuquerque, alertou que é preciso evitar contato com a água parada e procurar um posto médico em casos de febre e  vômito. “O cuidado com as crianças deve ser redobrado, e é muito importante que ninguém beba essa água”, disse.

Bernardino afirmou que a FVS está distribuindo  hipoclorito de sódio, para ser usado na proporção de duas gotas para cada litro de água, como prevenção à contaminação. “Todos que moram nas áreas de risco devem buscar estar em dia com a vacinação”. 

O chefe do departamento clínico Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Antônio Magela, afirma  que a remoção de entulhos nas áreas que foram alagadas  exige cuidados para evitar infecções bacterianas secundárias e tétano. Em caso de acidentes com objetos cortantes, os ferimentos devem ser lavados com água e sabão imediatamente.