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Verdades e mentiras sobre o zika vírus: médicos desmentem boatos e fazem orientações
Última atualização: 14 de Dezembro de 2015 - 18:15

O aumento dos casos de microcefalia, no Brasil, em especial no Nordeste, e sua relação com o zika vírus, anunciado pelo Ministério da Saúde, tornou-se o maior pesadelo para as autoridades de saúde e um campo fértil para a disseminação de boatos em torno do tema.

O principal canal de divulgação dessas informações que não possuem qualquer respaldo científico tem sido as redes sociais, em especial os grupos de WhatsApp, que acabam replicando as mensagens que seus integrantes recebem, num efeito dominó que só contribui para causar o pânico na população.

Preocupado com esse fenômeno, que ocorre em todo o País, o secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza, alerta a população para que siga apenas as recomendações oficiais, feitas pelos órgãos de saúde, e que evite disseminar informações que não tenham comprovação. Pedro Elias ressalta que a produção de notícias fantasiosas e prejudiciais inclusive à saúde das pessoas, é uma atitude irresponsável, que precisa ser combatida.

O diretor presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Bernardino Albuquerque, reforça que o importante, neste momento, são os esforços de todos no combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor não apenas do zika vírus, mas também da dengue e da febre chikungunya.

A preocupação adicional com o zika vírus é por sua associação com a microcefalia e, anunciado mais recentemente pelo Ministério da Saúde, com os casos de síndrome de Guillain-Barré, uma rara doença neurológica, que provoca paralisia muscular.

As medidas preventivas que devem ser adotadas, conforme orienta Bernardino, consistem em ações simples do dia a dia, evitando deixar água acumulada em recipientes.

Sintomas do zika vírus

Os sintomas do zika vírus se assemelham com quadro alérgico, mas sua grande diferença são sinais de conjuntivite. Os outros sintomas da doença são febre alta, dores nas articulações e manchas vermelhas na pele. 

O Zika vírus, Dengue e febre Chikungunya são transmitidos pela picada do mosquito Aedes aegypti. Qualquer pessoa corre o risco de ser infectada.

No caso do Zika vírus, as mulheres em início de gravidez (até doze semanas de gestação) formam o grupo mais sujeito a consequências graves causadas pela doença, podendo dar à luz a bebês com microcefalia.