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Laboratório Central do Amazonas é capacitado para diagnosticar zika
Última atualização: 21 de Dezembro de 2015 - 18:08

Manaus - O Ministério da Saúde (MS) capacitou mais 11 laboratórios públicos para realizar o diagnóstico de zika, entre eles, o Laboratório Central do Amazonas (Lacen/AM). Contando com as cinco unidades que são referência no Brasil para este tipo de exame, já são 16 centros com o conhecimento para fazer o teste. Atualmente, a técnica diagnóstica utilizada pelo MS é o PCR (Biologia Molecular).

O secretário de Estado da Saúde, Pedro Elias, adianta que, a partir de janeiro, a previsão é que a Fundação de Medicina Tropical Dr Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) também passe a oferecer o serviço, adotando a mesma técnica utilizada pelo MS. “A Fiocruz já adota a metodologia, no Amazonas, e com mais duas unidades oferecendo o serviço, a capacidade será ampliada”, afirmou.

A diretora do Lacen/AM, Tirza Mattos, disse que aguarda os kits com os insumos  que serão enviados pelo MS, para a realização dos exames. A previsão é que cheguem até a primeira quinzena de janeiro. Independente disso, segundo ela, os técnicos do Lacen já estão trabalhando em conjunto com a Fiocruz, na realização dos diagnósticos de zika vírus.  

Nos dois próximos meses, a tecnologia será transferida para mais 11 laboratórios, somando 27 unidades preparadas para analisar 400 amostras por mês de casos suspeitos de zika em todo o País.

O aumento do número de laboratórios capacitados amplia a capacidade e da maior agilidade na detecção do vírus. O repasse da tecnologia está sendo feito pelos laboratórios sentinelas de referência da Fiocruz, localizados no Rio de Janeiro, Paraná, Pernambuco, São Paulo (Instituto Adolfo Lutz) e Pará (Instituto Evandro Chagas).

O MS também realizou nesta semana pregão para compra de insumos (primers e sonda) para a realização de 250 mil exames a um custo de R$ 645 mil. Até a primeira quinzena de janeiro, todos os laboratórios terão recebido os insumos.

Atualmente, estão capacitados para realizar os exames, os Laboratórios Centrais (Lacens)  Amazonas, Alagoas, Bahia, Goiás, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Sergipe, Rio Grande do Norte e Distrito Federal. Além dos laboratórios sentinelas de referência, que também terão sua produção ampliada. Em média, essas unidades realizam hoje cerca de 80 exames mensalmente em todo o País. No entanto, devido ao aumento de casos de microcefalia em decorrência do vírus zika, essas unidades passarão a usar 100% da sua atual capacidade instalada, segundo o MS. O Instituto Evandro Chagas, no Pará, recebe, por exemplo, amostras enviadas pelo Lacen do Amazonas.

Capacitação

Já está programada a capacitação em RT- PCR em tempo real para mais nove laboratórios centrais, que ficam nos Estados do Espírito Santo, Acre, Amazonas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Roraima e Rondônia.

Atualmente, o Ministério da Saúde utiliza a vigilância sentinela para o monitoramento dos casos do vírus zika. A circulação do vírus em uma região é confirmada em algumas amostras, por meio de teste PCR.

Os Laboratórios de Referência Nacional (sentinelas) – que atualmente realizam todos os testes de zika no País – são unidades laboratoriais de excelência técnica, segundo o MS. Em média, leva-se de zero a 15 dias para coleta, envio ao laboratório de referência, processamento, análise e resultado das amostras.

Prefeitura realiza Dia Z contra o Aedes aegypti

A Prefeitura de Manaus realiza, neste sábado (19), uma grande mobilização em toda a cidade com o Dia Z de Combate ao Aedes aegypti, que transmite a dengue, chikungunya e zika. Mais de sete mil servidores da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) participarão da ação. A Prefeitura terá também mais um aliado para identificação de possíveis criadouros do mosquito: a utilização de drones, veículos aéreos com tecnologia por controle remoto, com equipamento para captação de imagens. Esse equipamento será importante na inspeção de terrenos e residências que estejam expostos à proliferação do inseto.

A Semsa e a Secretaria de Estado de Saúde (Susam) desenvolvem atualmente um trabalho conjunto, reforçado pelos decretos de situação de emergência no município e no Estado, na prevenção a uma possível epidemia. Serão seis meses de ações desenvolvidas por meio do Plano Emergencial de Resposta a Epidemia por Doenças Infecciosas Virais.

As atividades são visitas domiciliares para identificar e eliminar os focos do mosquito e o fortalecimento da estratégia ‘Dez minutos contra a Dengue’.