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Susam anuncia investimento de R$ 2,2 bi para saúde em 2016
Última atualização: 30 de Dezembro de 2015 - 13:31

O titular da Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam), Pedro Elias, anunciou durante coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (29), o investimento de mais de R$ 2,2 bilhões na saúde do Amazonas no próximo ano. Conforme o secretário, as prioridades de investimento foram definidas a partir de um planejamento diferenciado. 

“Precisamos priorizar e readequar a saúde, sobretudo com a assistência decente e digna que o cidadão merece ter. Segundo o abastecimento da rede, que é fundamental para isso, tanto com medicamento, quanto com produtos para saúde, como clínico cirúrgico, como próteses em geral”, disse.

Durante coletiva com a imprensa, o secretário também anunciou medidas de impacto em investimentos e de cunho administrativo, na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon). As medidas incluem repasse de recurso extra e emergencial, além de mudança na direção da unidade.

Questionado sobre falhas na saúde, como o cancelamento de cirurgias e a falta de medicamentos, o secretário lembrou sobre a crise econômica que assolou o país no decorrer deste ano de 2015. “No meio deste caminho tinha uma crise que não estava prevista, obviamente. Precisamos lembrar que destinamos 22.1% do seu orçamento anual para a saúde, é o maior orçamento do Brasil, seguido do Espírito Santo (ES). Segundo, precisamos olhar para o resto do país que também sofreu com a crise deste ano”, esclareceu.

Apesar da crise econômica no país, Pedro Elias destaca que a Susam encerra 2015 com saldo positivo e que o governador José Melo conseguiu, nos dois anos de administração, ampliar a rede de atendimento à saúde e manter os investimentos em patamar sempre superior aos 12% exigidos constitucionalmente.

Ainda sobre os investimentos, o Governo do Estado liberou para a FCecon o valor de R$ 10 milhões, que serão utilizados para compra emergencial de medicamentos, quimioterápicos e produtos de saúde em geral para abastecimento da unidade, que é referência no diagnóstico e tratamento do câncer na Amazônia Ocidental.

A Susam já está preparando um planejamento a ser executado. A previsão, de acordo com o secretário Pedro Elias, é que o processo de compra se conclua em aproximadamente 30 dias. Pedro Elias ressalta que o recurso liberado é para uso emergencial e entra como reforço extra e reconhece ainda que os desafios são muitos e diz que o Governo do Estado tem sido transparente em mostrar os problemas que vem enfrentando com a queda na arrecadação. Mas, mesmo assim, tem tratado a saúde com prioridade.

“Os problemas estão sendo resolvidos, os fornecedores têm sido convocados e, olho no olho, estamos negociando todos os pagamentos”, explicou.

Para o próximo ano, além do reforço de mais 350 leitos que serão abertos com a inauguração do Hospital Delphina Aziz, na Zona Norte, uma das mais populosas de Manaus, o grande desafio da Susam será o de reordenar o atendimento na rede de saúde. “Com isso, o Governo quer garantir uma melhor distribuição dos serviços, de acordo com as demandas de cada área da cidade e dos municípios do interior”, afirma o secretário.

Nesse processo de reordenando, Pedro Elias adianta que a Susam implantará, em 2016, o Plano Diretor da Saúde. O trabalho será realizado em parceria com o Ministério da Saúde e abrangerá Manaus e os 10 maiores municípios do Amazonas.

O estudo permitirá identificar as necessidades de leitos e de serviços e os municípios que possuem estrutura para atuar como pólos de suporte, dando apoio no atendimento de média complexidade às cidades do entorno. Com base no Plano Diretor, a Susam executará um programa de fortalecimento das regiões de saúde, reestruturando os municípios-pólo e evitando o deslocamento da população do interior para a capital, em busca de atendimento especializado.

Outra medida que está sendo implementada e que já registra avanços importantes é o reordenamento do fluxo de atendimento na rede de urgência e emergência, com o qual a Susam espera resolver o problema de sobrecarga nos hospitais e pronto-socorros. Hoje, essas unidades recebem mais de 80% das demandas que poderiam ser absorvidas na Atenção Básica, da rede municipal, ou nos Serviços de Pronto Atendimento (SPAs), que atendem casos de baixa e média complexidade.