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Caixa dágua é flagrada sem tampa em pizzaria da Av. D. Batista em Manaus
Última atualização: 11 de Janeiro de 2016 - 14:00

Mesmo com Manaus em situação de emergência em razão da Epidemia por Doenças Infecciosas Virais, em especial às de transmissão pelo Aedes aegypti, criadouros do mosquito que transmite a dengue, chikungunya e Zika vírus são registrados na capital. Na Zona Centro-Sul da cidade, uma caixa dágua aberta em uma pizzaria aponta riscos para proliferação das doenças.

A situação foi registrada por um leitor na Avenida Djalma Batista, bairro Chapada. O G1 teve acesso a fotos que mostram a caixa d’água destampada. O caso ocorre desde o fim do mês de novembro do ano passado.

"É um absurdo e um risco para saúde pública. Diante de uma epidemia de dengue e das outras doenças transmitidas pelo mosquito, ainda nos deparamos com a falta de responsabilidade das pessoas. Pelo tempo que a caixa d’água está sem tampa, provavelmente, o local já é um criadouro do mosquito", disse um funcionário que trabalha nas proximidades da pizzaria.

Imóveis que apresentam larvas de Aedes podem ser autuados. A multa pode ser de até R$ 30 mil. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), estabelecimentos têm 72 horas úteis para buscar a Vigilância Sanitária de Manaus e apresentar as justificativas e correções. Caso contrário, a autuação prevê reversão em multa imediata e acumulada de acordo com os prazos 

A Semsa informou, por meio de nota, que a denúncia foi encaminhada ao Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (DVAE) e que uma equipe de agentes de endemias será enviada ao local.

A Secretaria comunicou ainda que drones estão fazendo o mapeamento de toda a cidade e já finalizaram o Centro de Manaus. Os trabalhos, de acordo com a assessoria, continuam em outros locais.

A população pode denunciar os focos do mosquito Aedes aeggypti por meio do número 0800 280 8 280 e por meio do email: saude.semsa@pmm.am.gov.br.

Em nota, a Pizza Hut informou que "vem tomando todas as medidas necessárias para evitar a proliferação das doenças epidemiológicas em todas as suas lojas". "O fato relatado trata-se de um caso isolado em que houve um deslocamento da tampa da caixa dágua devido a fortes chuvas, o que já foi imediatamente solucionado", encerrou o comunicado.

Emergência

A Prefeitura de Manaus decretou situação de emergência em razão da Epidemia por Doenças Infecciosas Virais em dezembro de 2015. A situação de emergência terá vigência pelo período de 180 dias.

O decreto autoriza a adoção de medidas necessárias à situação e autoriza, também, que a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) adote ações à prevenção de iminente epidemia nos termos e diretrizes fixadas pelo Ministério da Saúde.

O Governo do Amazonas e a prefeitura anunciaram força-tarefa para o combate ao mosquito. Cerca de R$ 9 milhões serão aplicados nas ações de controle epidemiológico. A Prefeitura de Manaus adotou a utilização de drones – pequenas aeronaves não tripuladas - para identificação de possíveis criadouros do Aedes aegypti.

O balanço mais recente (até o dia 3 de janeiro) mostra que foram notificados 81 casos de Zika vírus em Manaus, segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam). Quatro casos foram descartados e dois foram confirmados, sendo infectados dentro do estado. Ainda permanecem 75 casos em investigação, entre eles, estão 14 gestantes.

Microcefalia

O Ministério da Saúde informou, nesta terça-feira (5), que registrou a primeira suspeita de microcefalia no Amazonas. O caso consta no primeiro informe epidemológico de 2016 sobre casos suspeitos e relacionados ao vírus Zika. A primeira suspeita diz respeito a uma criança nascida no Instituto da Mulher Dona Lindu, com perímetro cefálico de 31 cm. Especialistas investigam se o caso tem relação com o Zika vírus.

Em relação à febre Chikungunya, neste ano foram notificados 152 casos da doença no Amazonas, somente 12 confirmados, 75 descartados e 65 que ainda permanecem sob investigação. Dos 12 casos confirmados, cinco foram infectados dentro do estado e os 7 restantes com transmissões fora do estado. Conforme dados da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), em 2015, em todo o estado, foram registrados 7.191 casos de dengue.