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Casos de malária crescem 45% em Manaus e FVS responsabiliza invasões
Última atualização: 20 de Janeiro de 2016 - 14:17

Manaus - Em Manaus, casos de malária aumentaram 45% em 2015. Segundo dados da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), 7.380 diagnósticos para a doença foram confirmados no ano passado, na capital. Os dados dos primeiros dias de 2016 ainda não foram divulgados pelo órgão. Ao todo 58.522 novos casos foram registrados nos últimos cinco anos, em média 32 casos por dia.

De acordo com as informações publicadas no Sistema de Informações Governamentais do Amazonas (E-siga), em 2014 a capital do Estado contabilizou 5.089.

Para o presidente da FVS, Bernardino Albuquerque, o aumento no último ano ocorreu por causa do crescimento desordenado da capital que “invadiu a casa do mosquito”.

 Segundo Albuquerque, as ações de combate à malária preveem a distribuição de mosquiteiros impregnados de inseticidas – conhecidos como MILDs, a serem entregues a moradores de áreas de maior risco de transmissão da doença.

 “Há extrema dificuldade de combate, porque há a necessidade de uma participação efetiva da população. E, no caso da malária, por causa das invasões, o número cresceu no ano passado e acontece que eles estão entrando na casa do mosquito”, disse.

A malária, conforme o presidente da FVS, é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários, transmitidos pela fêmea infectada do mosquito anopheles que prefere ambientes de mata e possui criadouro natural, nas proximidades de lagos e igarapés.

Em cinco anos, de acordo com o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), do Ministério da Saúde (MS), 51 pessoas morreram em decorrência da Malária no Estado. Segundo a base de dados, a maioria das mortes - 78%, registradas entre 2009 e 2013 ocorreram no interior do Amazonas.