Ministério da Saúde atrasa insumos para exame do zika, diz FVS
Última atualização: 26 de Janeiro de 2016 - 15:01
Manaus - O Ministério da Saúde (MS) atrasou a entrega de insumos para a realização de exames do zika vírus, no Estado, e, pelo menos, 30 pessoas aguardam a confirmação por meio da análise laboratorial, segundo a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS). Conforme último balanço da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), já foram registrados 169 casos suspeitos da doença, sendo 26 em gestantes, todos na capital. O diretor da FVS, Bernardino Albuquerque, explicou que nem todos os pacientes com suspeita do vírus são encaminhados para fazer o exame.
De acordo com Albuquerque, a chegada dos reagentes estava prevista para o início de janeiro, mas, por causa de um atraso na importação do produto, a previsão ficou para até o dia 5 de fevereiro.
Em dezembro, o secretário de Estado de Saúde, Pedro Elias, afirmou que a previsão era que a Fundação de Medicina Tropical Dr Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) passasse a oferecer o teste, este mês. “A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) já adota a metodologia, no Amazonas, e com mais duas unidades oferecendo o serviço, a capacidade será ampliada”, afirmou. A outra unidade citada por ele é o Laboratório Central do Amazonas (Lacen/AM), que foi capacitada, pelo MS, em dezembro, para realizar o exame.
Na época, a diretora do Lacen/AM, Tirza Mattos, disse que aguardava os kits com os insumos, que seriam enviados pelo ministério.
Os pacientes que aguardam os insumos, de acordo com a FVS, recebem tratamento médico e são inscritos no protocolo sanitário, que faz uma intensificação do combate ao mosquito vetor da doença, o Aedes aegypti, no entorno da residência da pessoa infectada.
Ainda segundo Albuquerque, o diagnóstico da doença segue critério ‘clínico-laboratorial’ e, após essa avaliação, o médico determina se encaminha ou não o pedido de exames laboratoriais para confirmação. Em média, os exames que podem confirmar os casos suspeitos do vírus demoram de quatro a cinco semanas para serem finalizados, segundo o diretor.
Essa semana, conforme Bernardino, a Fiocruz, que estava, segundo ele, sem insumos e sem quadro pessoal para realizar os exames, recomeçou as atividades para identificar a doença dos pacientes suspeitos.
O Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde (Ciocs), que concentra as ações e serviços de combate ao zika vírus, foi implantado no bairro Nossa Senhora das Graças, zona centro-sul de Manaus. O órgão recebe ligações da Central do Disque-Saúde 0800 280 8 280.
Novos casos
Em 24 horas, dez novos casos suspeitos de zika foram registrados, no Estado, e mais uma mulher grávida entrou em investigação por suspeita de infecção pelo vírus, conforme informação da Semsa. Dois casos já foram confirmados e o reteste segue em análise para a total confirmação, segundo a FVS. Manaus não tem nenhum caso confirmado de microcefalia associada ao zika.
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