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Em média, 12 a cada 100 mil habitantes do AM têm hanseníase, mostra Fuam
Última atualização: 1 de Fevereiro de 2016 - 13:24

Manaus - No ano passado, o Amazonas registrou  489 novos casos de hanseníase, segundo dados da Fundação Alfredo da Matta (Fuam). A média é de 12 casos para cada 100 mil habitantes, a meta é chegar a dois a cada 100 mil.

Hoje, como parte das ações que marcam o Dia Mundial de Combate à Hanseníase, celebrado amanhã,  último domingo do mês de janeiro, será realizado um mutirão dermatológico na  Colônia Antônio Aleixo.  Ao longo da semana, também serão realizadas atividades educativas e intensificação do exame dermatológico, nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Manaus e municípios do interior. Profissionais de saúde irão orientar sobre sinais, sintomas e tratamento da doença, visando o diagnóstico precoce.

De acordo com dados da Fuam, a incidência de hanseníase vem caindo no Estado, nos últimos anos. Entre 1989 e 2015, o Amazonas registrou uma queda de 82,1% no coeficiente de detecção geral da doença. Ainda assim, a expectativa é diminuir ainda mais esse percentual.

Em 2015, dos 489 casos novos detectados no Amazonas, 184 (37,6%) foram em Manaus e 305 (62,4%) dos municípios do interior.

Os municípios que apresentaram o maior número de casos foram Manaus com 184 casos novos, Humaitá com 26, Parintins com 19, Boca do Acre com 16, Manicoré com 16, Manacapuru com 13, Guajará com 12 e Autazes, Iranduba e Itacoatiara com 11 casos.

 

Sintomas e diagnóstico

A hanseníase é uma doença infecciosa, que causa manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele, com diminuição ou perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e ao toque. Também pode ocorrer sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades, surgimento de caroços e placas em qualquer local do corpo e diminuição da força muscular, por exemplo, como ter dificuldade para segurar objetos.

A hanseníase pode atingir rosto, olhos, orelhas, nariz, braços, mãos, pernas e pés e demora de 2 a 7 anos, em geral, para o aparecimento dos primeiros sintomas. Caso o tratamento seja tardio, podem ocorrer sequelas e incapacidades físicas. Os medicamentos e a assistência médica são fornecidos, gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A doença é transmitida por meio das vias aéreas superiores (tosse, espirro). Não é transmitida por abraço, aperto de mão ou carinho. Em casa ou no trabalho, não é necessário separar as roupas, os pratos, os talheres e os copos.

De acordo com  Valderiza Pedrosa, chefe do Departamento de Controle de Doenças e Epidemiologia da Fuam, o exame para diagnosticar a doença pode ser realizado em qualquer uma das UBSs. “É importante ficar atento, caso apareça uma mancha ou alteração na pele. Se isso acontecer, a pessoa deve procurar uma unidade de saúde mais próxima de sua residência”, disse. Os casos suspeitos da doença são encaminhados para a Fuam.