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FVS-AM dá continuidade a capacitação para formação de Brigadas contra o Aedes Aegypti
Última atualização: 16 de Fevereiro de 2016 - 20:47

A Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Susam), iniciou nesta segunda-feira (15) mais uma etapa do cronograma de capacitação para implantação das Brigadas contra o Aedes Aegypti em Manaus. A capacitação está sendo realizada no auditório da sede da Susam e segue até a próxima sexta-feira (19). 

Os alunos participam de uma aula teórica, onde é apresentado um histórico do aparecimento e ocorrência da Dengue, febre Chikungunya e Zika Vírus, em nível mundial, nacional e estadual, incluindo a forma de transmissão e a sintomatologia das três doenças.

Em seguida é apresentado, de forma didática e detalhada, o mosquito transmissor das doenças, o Aedes Aegypti. Os alunos ficam sabendo que o mosquito voa preferencialmente de dia, habita suas casas e locais de trabalho, que é apenas a fêmea quem “pica” os seres humanos e que essa picada é para que ela possa sugar sangue e alimentar seus ovos e assim poder se reproduzir. Ficam sabendo também que cada fêmea produz entre 150 e 200 ovos, que ela distribui esses ovos em vários criadouros para garantir que haverá reprodução e que o ciclo reprodutivo do mosquito dura em média sete dias.

“É importante que as pessoas saibam quem é o inimigo contra o qual estamos lutando, para poder trabalhar de forma efetiva e poder frear a proliferação do mosquito e em consequência a transmissão de doenças entre a população”, explica a assessora técnica da FVS, Raquel Tapajós.

Ela destaca que a informação mais importante repassada no curso é que o Aedes Aegypti utiliza depósitos de água limpa para fazer a postura de ovos e que somente em contato com essa água esses ovos irão se desenvolver, formar as larvas e chegar a fase alada, quando podem voar, transmitir as doenças e iniciar um novo ciclo de reprodução.

“Qualquer porção de água parada é uma oportunidade para o mosquito se reproduzir, seja uma tampinha de garrafa pet, um copo descartável, um camburão utilizado para armazenar água para uso doméstico, todos esses locais são potenciais criadouros, onde a fêmea vai botar ovos”, explicou.

Ao final da aula teórica é realizada uma parte prática, onde os alunos percorrem as dependências do prédio para identificar e eliminar possíveis criadouros do mosquito.

De posse de todas essas informações os servidores retornam para os seus locais de trabalho com a missão de formar a brigada interna de combate ao Aedes Aegypti, que deverá verificar semanalmente as dependências do prédio para identificar e eliminar os criadouros. Todos os meses os brigadistas deverão enviar relatórios detalhados para a FVS, informando quantas inspeções foram realizadas, quantos criadouros foram identificados e eliminados, enviando inclusive fotos que comprovem a realização das inspeções. No material didático distribuído aos alunos consta uma lista, com todos os itens que devem inspecionados a cada sete dias.

Além das inspeções os brigadistas também deverão realizar ações de sensibilização interna dos servidores do órgão a fim de conscientizá-los a não formarem novos criadouros. A FVS também fará visitas a todos esses órgãos para verificar o trabalho das brigadas e orientar aqueles que estiverem apresentando qualquer tipo de intercorrência.