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Microcefalia ainda não foi confirmada em nenhum das oito gestantes com zika em Manaus
Última atualização: 19 de Fevereiro de 2016 - 17:24

Dos oito casos confirmados de gestantes com o Zika vírus em Manaus, até o momento, nenhum dos bebês apresentou indícios de ter desenvolvido a microcefalia.

A informação foi dada nesta quinta-feira (18) pelo titular da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Homero Miranda Leão. “Apesar do diagnóstico, está sendo feito monitoramento contínuo, pois mesmo estabelecido que o maior risco é até o segundo trimestre da gravidez, ninguém pode descartar o desenvolvimento da microcefalia em outras fases da gestação”, disse.

Conforme o secretário, das oito grávidas, duas estão no primeiro trimestre da gravidez, cinco no segundo e apenas uma está no terceiro trimestre de gestação.

O último balanço da Semsa, divulgado na quarta-feira (17), apontou 460 casos suspeitos de Zika vírus em Manaus, sendo 30 casos confirmados e  95 descartados. Dos 355 casos que ainda permanecem em investigação, 48 são de gestantes.

Para o secretário, a prioridade ainda é combater os criadouros do mosquito para evitar a proliferação das doenças ligadas ao vetor. “Temos realizado um trabalho magnífico de parceria com outros órgãos, visitando as casas, detectando e eliminando os focos encontrados, além de orientar a população”, destaca Homero.

Nesta sexta-feira (19), será divulgado pela Semsa o resultado da “megaoperação” de combate ao Aedes, que envolveu prefeitura, Estado e Forças Armadas.

Programa de Brigadas

Também acontece nesta sexta-feira, o lançamento do “Selo 2016”, do Programa de Brigadas contra o mosquito Aedes aegypti, pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), no auditório do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), no Distrito Industrial, Zona Sul. As brigadas ficarão encarregadas de montar um cronograma de combate ao mosquito no próprio local de trabalho.

De acordo com a FVS, até agora 107 instituições estaduais e federais receberam o treinamento, atingindo cerca de 580 servidores. Trinta destas instituições estão com as brigadas implantadas e aptas a receber o selo.

Para o diretor-presidente da FVS-AM, Bernardino Albuquerque, os técnicos que fazem parte das brigadas têm a missão de se tornarem multiplicadores das informações, formando uma corrente de prevenção ao nascimento do vetor.

“Os servidores são treinados para identificar esse perigo de criadouros presentes nos órgãos, o que deve se estender à suas casas também”, disse.

Os membros da brigadas realizarão reuniões de instrumentalização, juntamente com a FVS, para informar, mensalmente, a situação local em relação às vistorias realizadas no ambiente de trabalho.

De acordo com Albuquerque, além do treinamento, a Fundação distribuirá todo o material didático para a reprodução dos profissionais nas instituições.

O acompanhamento da atuação das brigadas será feito através da Sala Estadual de Situação para o controle do Aedes aegypti, criada para promover e intensificar as atividades até junho de 2016. A criação das brigadas nos órgãos públicos é uma determinação prevista em decreto assinado em janeiro pelo governador José Melo.