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Vacina contra a dengue será testada em mil voluntários em Manaus no mês de abril
Última atualização: 10 de Março de 2016 - 14:22

Manaus integra uma região de incidência da dengue, tendo registrado epidemias da doença. Em decorrência deste fator nada favorável, a capital amazonense foi anunciada no final do ano passado como um dos 12 centros de testes da vacina contra a dengue.

Os testes que serão feitos durante doze meses, em mil voluntários, selecionados, estão previstos para começar na primeira quinzena do próximo mês. Além de possuir grupos de pesquisadores especialistas nesta área, na rede estadual de saúde, a cidade integra uma região de incidência da dengue, já tendo registrado epidemias da doença. Os voluntários que irão participar do estudo na capital amazonense, estão na faixa etária de 2 e 59 anos, exceto mulheres grávidas e pessoas com doenças crônicas.

O pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marcus Lacerda, que estará à frente da coleta dos dados, através da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), ressalta que os voluntários serão acompanhados durante cinco anos após o teste. O acompanhamento faz parte do protocolo a ser seguido para atestar a eficácia do medicamento.

No total, 17 mil voluntários de 13 cidades nas cinco regiões do Brasil participarão dos estudos e serão vacinados durante um ano. Os resultados da pesquisa dependem de como será a circulação do vírus, mas o Butantan estima ter a vacinacontra a dengue disponível em 2018.

 

‘Dengvaxia’

Considerada eficaz na prevenção dos quatro tipos de dengue, a vacina “Dengvaxia”, produzida pelo laboratório francês Sanofi Pasteur, dificilmente será disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), segundo o diretor-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), o infectologista Bernardino Albuquerque.

Autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a comercialização no País, Albuquerque explica, que a vacina tem baixa eficácia, em torno de 60%, no combate ao vírus da dengue. Disse, ainda, que no momento não há dados suficientes para a comprovação da segurança de uso da vacina e, que seriam necessárias, 3 doses, num intervalo de seis meses, o que comprometeria a imunização.