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Novo boletim aponta 2,3 mil casos de zika confirmados em Manaus
Última atualização: 15 de Julho de 2016 - 16:10

O mais recente boletim epidemiológico sobre o zika vírus, divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) mostra que, até a última quarta-feira (13), foram registrados em Manaus 5.178 casos suspeitos de infecção pelo vírus, dos quais 2.347 confirmados e 2.459 descartados. Outros 372 permanecem em investigação.

O documento aponta que, do total de casos suspeitos, 1.015 são em mulheres grávidas e que, destes, 356 foram confirmados, 566 foram descartados e 96 ainda estão sendo investigados.

“As grávidas continuam sendo o grupo prioritário de atenção pelos riscos de ocorrência de microcefalia em bebês de mães que tiveram contato com o zika vírus durante a gestação”, destaca o secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão.

De acordo com o boletim, a capital tem um único caso confirmado de microcefalia relacionada ao zika. Entre os 19 casos registrados até o momento, quatro não tem relação com o vírus, cinco foram descartados e nove continuam em investigação.

“A criança que teve a microcefalia confirmada está recebendo assistência na rede municipal de saúde, onde estão implantados Ambulatórios de Seguimento do Bebê de Alto Risco, com equipe de pediatras e enfermeiros, além de serviços como agendamento de consultas e exames especializados”, informa o secretário.

Homero ressalta a importância da participação popular nas ações de combate ao Aedes aegypti que, além do zika vírus também é responsável pela transmissão dos vírus da dengue e chikungunya. Segundo ele, a Semsa já recebeu pelo Disque Saúde (0800 280 8 280) mais de 5 mil denúncias de possíveis criadouros do mosquito, e quase 100% dessas denúncias foram verificadas por meio de vistoria.

“O combate ao Aedes tem que ser feito de forma contínua e em todas as regiões da cidade, por isso a participação popular é da maior importância”, diz o secretário, lembrando que os cuidados para evitar criadouros do mosquito são simples e que as vistorias em casas e quintais deve ser feita pelos próprios moradores pelo menos uma vez por semana. O principal risco é a água parada em locais como calhas, reservatórios de água descobertos e objetivos encontrados no lixo, como cascas de ovo, garrafas e tampas.

Ainda de acordo com o secretário, a Vigilância Sanitária de Manaus realiza atividades diárias junto a estabelecimentos e outros imóveis na notificação e até punição de proprietários que permitem a proliferação de criadouros do mosquito. Esse trabalho já totalizou 1.530 inspeções e 111 autuações.

No eixo educativo e de formação, o treinamento oferecido no Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde (CIOCS) capacitou 8.939 pessoas para o combate ao vetor e o serviço já formou 1.996 brigadas de combate.