A Fundação de Vigilância em Saúde (FVS/AM) está distribuindo dez mil repelentes para unidades de saúde que atendem grávidas de alto risco em todo o Amazonas. O objetivo é minimizar a exposição dessas grávidas ao mosquito Aedes aegypti.

Além da dengue e chikungunya, o mosquito transmite zika, que pode provocar má-formação craniana dos bebês e outras doenças neurológicas.

Para o diretor-presidente da FVS, Bernardino Albuquerque, uma das ações de proteção individual é o uso do repelente durante a gravidez. “Ao todo, são 20 municípios do Amazonas que são considerados de maior risco de transmissão dos vírus. O produto será disponibilizado de forma gratuita no atendimento do pré-natal para grávidas de baixo poder aquisitivo”.

Albuquerque informa que o repelente afasta os mosquitos da paciente e não causa problemas para a grávida e para o bebê.

Ainda assim, ele lembra que a medida preventiva mais eficaz, no combate ao mosquito é a não deixar água parada. “A forma mais efetiva de prevenção é a eliminação dos locais que possuem água parada, essa checagem deve ser feita semanalmente, principalmente neste período de intensas chuvas amazônicas”.

Os municípios contemplados são Barcelos, Boca do Acre, Borba, Careiro, Coari, Humaitá, Iranduba, Itacoatiara, Lábrea, Manaus, Manacapuru, Maués, Novo Airão, Novo Aripuanã, Parintins, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Tabatinga e Tefé.

Até fevereiro deste ano, foram notificados no Amazonas 2,1 mil casos de dengue, 84 casos de chikungunya e 64 de zika vírus.

A distribuição de repelentes será ampliada para todos os municípios, através do Ministério da Saúde que encaminhará cerca de 623 mil frascos de repelentes para o Amazonas. O repasse do material será feito em sete etapas de entrega e a primeira está prevista ainda para esse mês.