A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), anunciou um novo esquema de vacinação tríplice viral, tetra viral, dTpa adulto, meningogócica C e hepatite A, nesta segunda-feira (3). Entre as mudanças, estão as faixas etárias permitidas para as pessoas que podem tomar as vacinas, além de vacinações específicas para cada idade.

Segundo a Secretaria, o novo esquema tem como objetivo aumentar a proteção da população contra as doenças imunopreveníveis, além de manter a eliminação do sarampo e da rubéola e evitar novas contaminações por caxumba e coqueluche, entre adultos e crianças.

Conforme o secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão Neto, as novidades no esquema vacinal estabelecem estratégias de vacinação para crianças, adolescentes, adultos, idosos e população indígena, com vacinas específicas para cada grupo.

"As mudanças vêm reforçar as medidas de proteção individual e coletivas contra doenças evitáveis, considerando o perfil epidemiológico atual da população brasileira e as especificidades regionais", disse o secretário.

Ainda segundo o secretário, os índices de cobertura vacinal em Manaus têm sido altos em todas as faixas etárias, o que se deve, em boa parte à oferta permanente da vacina na rede de unidades básicas e às campanhas anuais, como as da influenza e da poliomielite.

"Atingimos sistematicamente nossas metas e queremos manter esses bons resultados. Para isso, esperamos a atenção da população para as mudanças, lembrando que as unidades de saúde estão preparadas para o novo esquema vacinal", enfatizou.

As vacinas preconizadas no Calendário Nacional de Vacinação, com exceção da BCG, são disponibilizadas em 182 salas de vacinas do município de Manaus, todos os dias da semana, no horário de funcionamento da unidade de saúde, segundo a Semsa.

Confira mudanças na faixa etária

Com o novo esquema, a vacina contra Hepatite A, antes aplicada em crianças de no máximo 2 anos de idade, passa a ser disponibilizada para crianças menores de 5 anos. Já a Tetra Viral, contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela, que também só era indicada até os 2 anos, passa a ser oferecida para crianças de 15 meses até 4 anos.

A dose da HPV, que desde 2014 vinha sendo oferecida a meninas de 9 a 13 anos, deve incluir meninas de até 14 anos e meninos de 12 e de 13 anos de idade. Além disso, continuará disponível para homens e mulheres que vivem com HIV entre 9 e 26 anos, sendo aplicadas nos locais onde os mesmos realizam acompanhamento.

A vacina Meningocócica C passa a ser disponibilizada para adolescentes de 12 e 13 anos, com esquema vacinal de um reforço ou uma dose única, conforme a situação vacinal de cada um.

Para garantir que os bebês já nasçam protegidos contra a coqueluche por conta de anticorpos transferidos pela mãe, a vacina dTpa Adulto, contra difteria, tétano e coqueluche, passa a ser recomendada para as gestantes a partir da 20ª semana, sendo que as mulheres que perderam a oportunidade de se vacinar durante a gravidez devem receber a dose até 40 dias após o parto.

Levando em consideração surtos de caxumba registrados nos últimos anos no país, sobretudo entre adolescentes e adultos jovens, a Tríplice Viral, contra sarampo, caxumba e rubéola, terá uma segunda dose para a população de 20 a 29 anos, ampliando a idade máxima anterior, que era de 19 anos.