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Manaus registra 1,6 mil casos de malária nos primeiros meses de 2017
Última atualização: 2 de Maio de 2017 - 17:11

Foram notificados 1.631 casos de malária em Manaus nos primeiros meses de 2017. O número corresponde a redução de 51,3% dos casos em relação ao mesmo período de 2016, quando houve 3.348 registros da doença. As informações são da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e foram divulgadas no domingo (30).

De acordo com o Sistema de Informações de Vigilância Epidemiológica (Sivep Malária), do Ministério da Saúde, em 2016 foram notificados, em Manaus, 8.476 casos de malária, número 0,3% menor que o registrado em 2015 (8.501).

A Semsa conta com duas unidades móveis de diagnóstico da malária e da leishmaniose. "Esses ‘laboratórios itinerantes’ estão equipados com microscópios para a coleta de lâmina e realização do diagnóstico tanto para malária quanto para leischmaniose, doenças que podem ser identificadas com o uso da mesma metodologia de investigação", explica o secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão, por meio de assessoria.

Malária

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários, transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Apresenta cura se for tratada em tempo oportuno e adequadamente. No entanto, um tratamento tardio ou deficiente pode levar à morte.

O risco de transmissão depende do horário de atividade do vetor. Os vetores são abundantes ao entardecer e ao amanhecer. O horário em que há maior abundância de mosquitos varia de acordo com cada espécie, nas diferentes regiões e ao longo do ano.

Não há transmissão direta da doença de pessoa para pessoa. Outras formas de transmissão, tais como transfusão sanguínea, compartilhamento de agulhas contaminadas ou transmissão congênita, também podem ocorrer, ainda que raramente, conforme o Ministério da Saúde.

Sintomas

Infectados com malária têm como sintomas febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica. Muitas pessoas, antes de apresentarem estas manifestações clínicas mais características, têm náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.

Os casos mais graves são caracterizados pelo aparecimento de prostração, alteração da consciência, dificuldade de respirar caracterizada por respiração rápida e curta ou hiperventilação, convulsões, hipotensão arterial ou choque, hemorragias, icterícia, sangue na urina, febre acima de 41°C e diminuição ou ausência de urina.

Tratamento

O tratamento indicado depende da espécie do protozoário infectante, da idade do paciente, e de condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde, além da gravidade da doença.

No geral, após a confirmação da doença, o paciente recebe o tratamento em regime ambulatorial, com comprimidos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves deverão ser hospitalizados de imediato. Ainda não há vacina para a doença.