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Três mil armadilhas contra o Aedes aegypti são ativadas em dois bairros de Natal
Última atualização: 12 de Dezembro de 2017 - 13:36

 

O Centro de Controle de Zoonoses, da Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Fiocruz, concluiu a instalação das Estações Disseminadoras para controle do mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya, Aedes aegypti, nos bairros de Nossa Senhora da Apresentação e Felipe Camarão, num total de três mil armadilhas, sendo 1.500 para cada um dos bairros.

Segundo a chefe do Setor de Educação, Mobilização e Comunicação do CCZ, Huylliane Souza, o projeto conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) traz a Natal a experiência já implementada em Manaus, cujo o objetivo é utilizar o próprio mosquito para o controle da população vetorial.

As três mil armadilhas são compostas de baldes plásticos com água cobertos por um tecido preto impregnado pelo larvicida, simulando desta maneira um ambiente ideal para a oviposição. Ao procurar estes espaços, a fêmea se impregna com o larvicida e os leva para os outros depósitos que ela visita normalmente e que nem sempre são de fácil acesso para os agentes de endemias.

A escolha de Natal como participante do projeto, ao lado de mais quatro cidades, se deu pelo preenchimento de cinco dos sete pré-requisitos estipulados pela Fiocruz, dos quais se destaca a já reconhecida internacionalmente, metodologia de monitoramento vetorial VigiaDengue.

“O momento para a implementação deste projeto é bastante propício, dado que é com a chegada do verão que a epidemia de arboviroses começa a deslanchar. Aliado a isso, a escolha dos dois bairros - Nossa Senhora da Apresentação e Felipe Camarão - foi estratégica, pois estes territórios possuem significativa participação e influência em toda a cidade nos períodos de epidemia”, destacou Huylliane Souza.

“Para chegarmos aos resultados esperados, que é a diminuição da população vetorial do Aedes, é preciso que a população abrace o projeto e facilite o processo de colocação e a posterior manutenção das armadilhas em suas residências, pois as recusas atrasaram todo o andamento do projeto”, afirma Márcia Cristina, chefe do Núcleo de Entomologia do Centro de Controle de zoonoses.

Márcia lembra que a instalação dessas armadilhas ainda está em caráter experimental, tendo o projeto o prazo de dois anos para implementação, monitoramento e levantamento de dados. “A experiência implementada em Manacapuru, em Manaus, resultou na mortalidade de aproximadamente 95% da população de Aedes, resultado bastante satisfatório”.