Com a finalidade de monitorar as tendências de casos de doenças neuroinvasivas por arbovírus e suas relações como  casos notificados por dengue, chikungunia e zika, o Pronto Socorro e Hospital Infantil Joãozinho,realizou nesta quarta-feira (20/12), Oficina sobre Doenças Neuroinvasivas por Arbovírus​, no auditório da unidade​. Participaram do evento cerca de trinta profissionais de saúde da unidade e também técnicos do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM).   

Segundo a enfermeira responsável pelo Núcleo Epidemiológico do Hospital, Tânia Pinheiro, o Ministério da Saúde recomendou que fosse realizado um estudo para avaliar monitorar as consequências das arbovíruses nos pacientes. "O fato do hospital ser uma unidade urgência e emergência, é possível fazer uma análise criteriosa dos pacientes que tiveram contato com o vírus tanto da dengue, quanto chikugunya ou zika, para que possamos associar algum tipo de doença neuroinvasiva, após esse contato com as doenças", explicou.  

Tânia salienta que chikugunya e zika são arboviroses novas e portanto, é essencial aprender sobre elas. "Esse estudo nos ajudará a evitar casos graves das doenças", comentou.

Para técnica de enfermagem do Hospital, Janiere Pire Felipe, a implantação do Projeto Vigilância Sentinela de Doenças Neuroinvasivas, é um marco na assistência. "Esperamos cumprir com todos os indicadores e metas recomendados para o Ministério da Saúde e que com isso possamos  contribuir para atualização de protocolos e fluxos voltados para o manejo clínico dos pacientes de dengue, chikungunya e zika ", disse.

Estudo Nacional- Com a introdução do vírus do Zika no Brasil, modificou o cenário epidemiológico de manifestação  neurológicas no país. Após sua detecção em abril de 2015, foi observado o aumento de casos de síndrome de Guillain- Barré (SGB), encefalite, mielite e encefalomielite. Algumas destas manifestações são observadas em casos de chikugunya e dengue, esta última com menor frequência.

Em resposta ao aumento das manifestações neurológicas ocorridas no Brasil, o Ministério da Saúde, recomendou a implantação do Protocolo de Vigilância Sentinela de Doenças Neuroinvasivas por Arbovírus de Dengue, Chikugunya e Zika, com objetivo de aperfeiçoar e ampliar o protocolo para 2018.​