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Profissionais são capacitados em estratégias de enfrentamento ao H1N1
Última atualização: 28 de Fevereiro de 2019 - 14:14

Com o objetivo de capacitar profissionais da rede municipal de saúde, a Prefeitura de Manaus vai realizar o “Seminário de Manejo Clínico e Estratégias de Enfrentamento da Influenza A (H1N1)”. O evento, organizado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), acontecerá na quinta-feira, 28/2, e na sexta-feira, 1º de março, na Universidade Paulista (Unip), na avenida Mário Ypiranga, Parque 10 de Novembro, direcionado para médicos, enfermeiros, odontólogos, técnicos de enfermagem e profissionais dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família (NASFs).
O secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi, explica que o seminário é uma das medidas que a Prefeitura de Manaus, por determinação do prefeito Arthur Virgílio Neto, está executando para enfrentar o surto de Influenza A e também para o combate das outras Síndromes Gripais.
“O seminário foi programado para orientar os profissionais com informações atualizadas sobre o manejo clínico de pacientes com suspeita de H1N1. A intenção é apresentar o atual cenário epidemiológico da doença e alinhar o processo de trabalho, divulgar os protocolos vigentes na rede municipal e esclarecer as dúvidas dos profissionais”, informa Marcelo Magaldi.
A meta da Semsa é capacitar 2.100 profissionais, divididos em oito turmas nos dois dias do seminário, das 7h30 às 17h. A capacitação, segundo o secretário, também vai preparar melhor os profissionais da rede municipal para orientar a população sobre os cuidados de prevenção, especialmente em relação aos grupos de maior risco para o desenvolvimento de complicações pelo vírus H1N1.


Grupos de risco
A Influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório e apresenta elevada transmissibilidade. Como é um vírus de comportamento sazonal, registra aumento dos casos em períodos climáticos mais frios.
“Uma pessoa pode contrair o vírus mais de uma vez ao longo da vida e, na maioria dos casos, o paciente recebe tratamento e evolui sem gravidade. A preocupação maior é com as pessoas que são consideradas suscetíveis a desenvolver a forma mais grave da doença, justamente por apresentarem condições e fatores de risco pré-existentes”, explica a diretora do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Devae/Semsa), enfermeira Marinélia Ferreira.
Os grupos de maior risco para complicações graves pela H1N1 são: gestantes, idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas, como diabetes, indígenas, puérperas (até 45 dias após o parto) e pessoas que apresentam condições como pneumopatias (incluindo asma), cardiovasculopatias, doenças hematológicas, distúrbios metabólicos, transtornos neurológicos e do desenvolvimento que possam comprometer a função respiratória, imunossupressão, nefropatias e hematopatias.
“Na maioria dos casos, internações hospitalares e óbitos por H1N1 ocorrem entre pessoas que apresentam condições e fatores de risco. Por isso, os profissionais de saúde precisam ter atenção redobrada com pacientes que manifestam sintomas de gripe e fazem parte desse grupo de pessoas mais suscetíveis”, destaca Marinélia.
O objetivo, segundo a diretora, é garantir que o tratamento do paciente, com a medicação adequada, possa ser realizado em tempo oportuno para evitar o agravamento das condições de saúde do paciente. “Como Manaus vive um momento de surto de H1N1, a população também deve ficar alerta para procurar uma Unidade de Saúde a partir do surgimento dos sintomas, em especial as pessoas que integram o grupo de risco”, alerta Marinélia.
Inicialmente, a doença surge com febre, em geral acima de 38°C, seguida de dor muscular e de garganta, prostração, cefaleia e tosse. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas sistêmicos são muito intensos nos primeiros dias da doença. Com a sua progressão, os sintomas respiratórios tornam-se mais evidentes e podem continuar por três a quatro dias, após o desaparecimento da febre.


Atendimento
A Prefeitura de Manaus reorganizou os serviços de saúde da rede municipal para ampliar a capacidade de oferta de dispensação do medicamento antiviral Tamiflu, para o tratamento de casos de síndrome gripal, em 23 Unidades de Saúde, tanto na zona rural quanto na urbana, facilitando o acesso do paciente ao serviço e agilizando o início do tratamento.
“O medicamento é indicado para o tratamento de pacientes que apresentam sintomas de síndrome gripal e deve ser dispensado de acordo com a avaliação clínica, mediante receita médica, destinado aos pacientes que possuem condições e fatores de risco”, avisa Marinélia Ferreira, lembrando que o antiviral não é medicamento para a prevenção da gripe, mas para o tratamento de pacientes com sintomas da doença.


Recomendações do Ministério da Saúde
– Frequente higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento;
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
– Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
– Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
– Manter os ambientes bem ventilados;
– Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de síndrome gripal;
– Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
– Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos;
– Orientar o afastamento temporário (trabalho, escola etc.) até 24 horas após cessar a febre.
Ao apresentar sintomas de gripe
– Evitar sair de casa em período de transmissão da doença (até 7 dias após o início dos sintomas);
– Restringir ambiente de trabalho para evitar disseminação;
– Evitar aglomerações e ambientes fechados, procurando manter os ambientes ventilados;
– Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.