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Mais de 2,5 mil famílias devem ser mapeadas em áreas afetadas por cheia em Manaus
Última atualização: 10 de Abril de 2019 - 20:13

A Prefeitura de Manaus deu início nesta terça-feira (9) à “Operação SOS Enchente 2019”, que consiste na identificação das famílias residentes nas áreas passíveis de alagação/inundação. A estimativa é de que 2.569 famílias sejam inseridas no mapeamento da Defesa Civil e da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) para receber auxílio em saúde, limpeza, assistência social, dentre outros.

As visitas já começaram e os primeiros locais a receber as equipes da prefeitura são Betânia, na zona Sul, e São Jorge, na zona Oeste da capital.

De acordo com o relatório do Departamento de Operações da Defesa Civil, 15 bairros da capital serão afetados pela cheia: Tarumã, Mauazinho, São Jorge, Educandos, Raiz, Betânia, Presidente Vargas, Colônia Antônio Aleixo, Aparecida, Centro, Santo Antônio, Cachoeirinha, Glória, Compensa, Puraquequara, além de 21 comunidades do rio Negro e 12 do rio Amazonas, das zonas rural e ribeirinha.

Conforme o primeiro alerta de cheia do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), realizado no fim de março, a cheia deste ano está prevista para variar entre 28,49 metros e 29,19 metros.

Mapeamento de casas
No primeiro momento, as residências com risco de alagação serão identificadas para posterior concessão do auxílio-aluguel, no valor de R$ 600, pago em duas parcelas mensais de R$ 300, além de benefícios eventuais (cesta básica, rede, colchão e lençol). É importante destacar que o auxílio-aluguel é liberado somente após o município decretar Estado de Emergência, que só ocorre após a cota do rio chegar acima de 29 metros.

Além do cadastro das famílias afetadas, a Defesa Civil de Manaus irá realizar a construção de pontes nas áreas atingidas, porém, a medida só será efetivada caso o rio Negro atinja a cota prevista para inundação/alagação. Serviços de limpeza e descontaminação das águas também serão realizados.

“Todo esse trabalho de fazer o levantamento das famílias é para que, com esses dados, caso a cheia 2019 atinja a cota de emergência, as famílias possam ser assistidas e retiradas dessas áreas de alagação, evitando acidentes e doenças à população”, disse o secretário executivo da Defesa Civil, Cláudio Belém, destacando que a Defesa Civil trabalha com base na maior cota de cheia do rio Negro, de 29,97 metros, que aconteceu em 2012.

Saúde
A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) irá ofertar o hipoclorito de sódio, utilizado na desinfecção da água para o consumo humano, com orientação sobre o modo adequado de utilização, e a distribuição de material informativo sobre as formas de prevenção das doenças.

“O objetivo principal é evitar surtos de doenças que são transmitidas por meio do contato com água ou alimentos contaminados, como é o caso das doenças diarreicas agudas e de agravos como a leptospirose e hepatite A. A Semsa também irá trabalhar na prevenção de outras doenças, entre elas o tétano acidental, dengue, zika, chikungunya e malária”, informou a diretora do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Deave/Semsa), enfermeira Marinélia Ferreira.

Por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), será feita a avaliação das áreas sobre a incidência e fatores que favorecem a proliferação de roedores, permitindo determinar as ações de controle, além da avaliação da situação vacinal de cães e gatos contra raiva animal e, se for necessário, a vacinação dos animais, e avaliação da necessidade de castração de cães e gatos dos domicílios nas áreas de risco.