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Ação de combate a Hanseníase reforça conscientização sobre doença no AM
Última atualização: 30 de Setembro de 2019 - 14:56

Embora seja hoje curável, a hanseníase ainda representa um desafio para a saúde pública no Amazonas, onde apresenta nível endêmico considerado “Alto”, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Para mudar essa realidade, a Fundação Alfredo da Matta (Fuam) realiza o Projeto Ação pela Eliminação da Hanseníase (Apeli), que vai reforçar as ações da instituição na prevenção e controle da endemia no estado. A iniciativa, com início previsto para 2020, terá uma ação piloto em Autazes, 107 Km distante de Manaus, a partir desta segunda-feira (30).

A Ação Piloto do Projeto Apeli vai levar ações de educação, exames, tratamento e organização estratégica a Autazes e a nove comunidades indígenas do município. O primeiro dia da agenda, na segunda (30), marcará o lançamento da Ação Piloto do projeto, com a assinatura do Termo de Cooperação entre a Fuam e a Prefeitura de Autazes, às 10h, com a presença de representantes da Secretaria de Estado de Saúde (Susam) e autoridades.

A estimativa da ação, que segue até 13 de outubro, é de atendimento, na busca ativa de casos, a 12 mil pessoas. Dentre elas, 6,6 mil indígenas.

Segundo o diretor-presidente da Fuam, Ronaldo Amazonas, a Ação Piloto servirá para delinear a forma de atuação do Projeto Apeli, a ser realizado ao longo de quatro anos, a partir de 2020.

“Autazes foi escolhido por ser, do ponto de vista logístico, um município próximo de Manaus, por ter características populacionais muito importantes para o Projeto, por ter populações indígenas muito definidas, escolas com estudantes menores de 15 anos e, sobretudo, porque houve interesse político e ajuda da municipalidade para nos auxiliar no projeto”, disse.

A agenda da Ação Piloto inclui ainda investigação e vigilância de contatos, campanhas educativas, capacitação e sensibilização de profissionais de saúde, cirurgias em pacientes, organização de equipes locais de saúde nos municípios visitados, dentre outras.

As atividades serão realizadas em unidades de saúde, escolas, e comunidades indígenas e rurais, por uma equipe de 25 profissionais composta por enfermeiros, médicos, farmacêuticos-bioquímicos, assistentes sociais, psicólogos, técnicos, administrativos.

Indígenas em foco
Para antecipar a programação geral do Projeto Apeli, a Ação Piloto em Autazes terá ações específicas voltadas para as populações indígenas no município. Em todo o estado, essas populações abrangem aproximadamente 120 mil índios, de 66 etnias. Apenas em 2017 e 2018, dentre 865 indígenas atendidos pela Fuam, foram identificados 45 casos de hanseníase.

As ações específicas incluem a busca ativa em comunidades indígenas, a capacitação de equipes dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) e a distribuição de material informativo sobre hanseníase nas línguas das etnias habitantes em Autazes. Adicionalmente, serão realizados diagnósticos em Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), com atenção especial ao HIV/Aids, sífilis e hepatites.

Sobre a doença
Conhecida antigamente como lepra, a hanseníase é uma doença crônica e infectocontagiosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae. Atinge principalmente pele e nervos de extremidades do corpo, como braços, pernas e pescoço, podendo acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade.

Entretanto, é necessário um longo período de exposição à bactéria, sendo que apenas uma pequena parcela da população infectada de fato adoece.


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