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São Gabriel da Cachoeira lidera ranking de casos de malária no AM
Última atualização: 14 de Novembro de 2019 - 20:08

No Amazonas, o índice de casos de malária confirmados chegaram a 52.579 registros entre janeiro e outubro deste ano. De acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), o número representa uma queda de 18,5% em relação ao mesmo período do último ano. Em 2018 mais de 60 mil casos foram registrados no estado.

Malária é uma doença que ocorre durante o ano inteiro. Apesar do período de maior incidência da doença já ter passado, as ações de combate à malária devem permanecer. Em Manaus, a zona Leste é apontada com maior destaque em número de casos.

Rosemary Costa Pinto, diretora-presidente da FVS-AM, afirma que a população e gestores de saúde devem permanecer vigilantes. “A nossa região é endêmica para malária e outras doenças transmitidas por mosquitos. Deste modo, é necessário manter as medidas protetivas para evitar o adoecimento”, avaliou.

Para o diretor técnico da FVS-AM, Cristiano Fernandes, a melhor forma de prevenção é por meio da informação. “A ação desta quarta-feira visa fortalecer a malária como pauta no calendário escolar, para que haja mais divulgação em relação aos sintomas da doença e de forma oportuna ofertar o diagnóstico precoce para interromper a cadeia de transmissão em áreas de risco”, ponderou Fernandes.

De acordo com o chefe de Departamento de Vigilância Ambiental da FVS, Elder Figueira, Manaus está entre os 18 municípios prioritários para as ações de controle da malária no Estado. “A melhor forma de evitar a doença é através do diagnóstico precoce, tratamento adequado, intensificação de ações de controle vetorial, e fortalecer as atividades de educação em saúde e mobilização social”, explicou.

Para a gerente de Doenças Transmitidas por vetores - Malária, Myrna Barata, é essencial que a malária também seja pauta do ambiente escolar, como acontece com outras doenças (tuberculose, dengue zika e chikugunya).

“A educação é força extra na saúde. Por isso essa necessidade de diálogo entre profissionais de saúde, alunos, professores e gestores, para juntos enfrentar e entender a complexidade desse problema de saúde pública”, disse.

Os 18 municípios responsáveis por 80% dos casos de malária confirmados no estado são; São Gabriel da Cachoeira (7.037) casos, Barcelos (5.842), Manaus (5.216), Santa Izabel do Rio Negro (3.108) casos, Coari (2.972) casos, Lábrea (2.776) casos, Tefé (2.239) casos, Tapauá (1.697), Carauari (1.564) casos, Humaitá (1.511) casos, Ipixuna (1.501) casos, Canutama (1.287), Atalaia do Norte (1.159) casos, Novo Aripuanã (924) casos, Jutaí (889), Guajará (634) casos e Tabatinga (110) casos.

Evento

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), realiza, nesta quarta-feira (13)), a partir 8h30, uma mobilização sobre combate à malária. O evento é alusivo ao Dia da Malária nas Américas e será realizado no Centro Cultural Aníbal Bessa, situado na avenida Autaz Mirim, nº 9.018, Novo Aleixo, zona leste da cidade.

A programação inclui exposições, palestras e mobilização social em educação em saúde para promover boas práticas de prevenção à doença. A malária é considerada um grave problema de saúde. A região norte é responsável por 95% dos casos registrados no país.

“Dia da Malária nas Américas” é comemorado anualmente no dia 6 de novembro. Foi estabelecido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em 2007, após a 27ª Conferência Sanitária Pan-Americana. O combate à doença é um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

E este ano, o município de São Gabriel de Cachoeira ficou em segundo lugar no prêmio “Campeões Contra a Malária 2019”. A premiação, realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) -, e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), foi realizada na sede da instituição, em Washington (EUA).

O trabalho premiado consistiu no projeto de controle da malária esse ano. Em 2018, o município sofreu uma forte epidemia da doença, o que obrigou órgãos locais como a Secretaria Municipal de Saúde, Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas e Exército Brasileiro a se unir para combater a doença.