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FVS-AM realiza Seminário de Vigilância e Controle de Arboviroses e lança o Selo de Brigadas contra Aedes aegypti 2020
Última atualização: 3 de Dezembro de 2019 - 19:53

 

Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) promove nesta quarta-feira (4) e quinta-feira (5), o 1º Seminário Estadual de Vigilância e Controle de Arboviroses no Amazonas. O evento acontece a partir das 8h, no auditório do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), situado na avenida Pedro Teixeira, 2.354, Dom Pedro, zona centro-oeste de Manaus.

O seminário contará com a participação de representantes de 34 municípios prioritários considerando a infestação (presença) pelo Aedes aegypti. O evento tem a finalidade discutir novas estratégias de combate e preparar os técnicos para o enfrentamento da doença nos próximos meses.

A diretora-presidente da FVS-AM, Rosemary Costa Pinto, informa que o seminário foi idealizado para discutir metodologias para orientar gestores e técnicos locais no direcionamento das ações de controle. “O evento visa fortalecer a vigilância e o controle das arboviroses como dengue, zika e chikugunya, com a produção de dados e informações de qualidade que orientem os trabalhos locais”, disse.

Rosemary destaca que durante o evento será lançado o selo do Programa de Brigadas contra o Aedes aegypti do Estado do Amazonas, edição 2020. “Nesta edição, a cor é amarela, que significa atenção, pois, durante a análise do cenário epidemiológico do Brasil e do Amazonas, há possibilidade de surto para dengue no próximo ano, por isso, a vigilância deve ser manter ativa para evitar que isso ocorra”, avaliou.

Programação - Durante os dois dias de seminário, serão abordados os seguintes temas: “Vigilância das arboviroses no Estado do Amazonas”, “Novas ferramentas para o controle do Aedes aegypti e Arboviroses”, “Vigilância e Assistência das Arboviroses no enfrentamento de Surtos”, “Avaliação dos indicadores de Saúde e sua importância no Controle das Arboviroses”, “Sistema de Informação do Programa Nacional de Doenças Transmitidas pelo Aedes aegypti: importância para o planejamento das ações” e “Programa de Brigadas Contra o Aedes aegypti na escola: a experiência que deu certo”. A programação inclui ainda “Prêmio Superando Metas” e Menção Honrosa para os destaques de 2019 do “Programa de Brigadas contra o Aedes aegypti do Estado do Amazonas”.

Situação epidemiológica - No último levantamento epidemiológico das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, divulgado nesta terça-feira (03/12), com dados até novembro de 2019, houve redução nos casos de zika, uma das doenças transmitidas pelo mosquito. Já chikugunya e dengue apresentam aumento no período.

Até novembro de 2019, houve redução de 75% nas notificações de zika, com 113 casos neste ano, contra 458 no mesmo período de 2018. Dengue apresenta um aumento de 4% nas notificações, com 4.781 casos neste ano, contra 4.561 no mesmo período do ano passado.

A febre chikungunya aumentou 2%: foram 191 casos em 2019, contra 186 notificações no ano passado.

LIRAa - O diretor técnico da FVS-AM, Cristiano Fernandes, destaca que o terceiro Levantamento Rápido de Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) do Amazonas aponta que o estado apresenta médio risco para doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, com índice predial de 1%. Duas cidades amazonenses foram classificadas de alto risco: São Gabriel da Cachoeira e Tefé. “A atenção deve ser reforçada nas cidades classificadas de alto risco”, disse.

Conforme a FVS-AM, 17 municípios alcançaram o índice de 1% ou superior, o que significa médio risco. São eles: Benjamin Constant, Barcelos, Boca do Acre, Carauari, Coari, Guajará, Humaitá, Itacoatiara, Jutaí, Lábrea, Manaus, Maués, Novo Airão, Novo Aripuanã, Tabatinga, Tapauá e Tonantins.

Apenas 19 cidades do Amazonas estão com índice de infestação predial inferior a 1%, o que significa baixo risco, tais como: Anori, Apuí, Alvarães, Autazes, Beruri, Boa Vista do Ramos, Borba, Careiro, Codajás, Iranduba, Japurá, Manacapuru, Nhamundá, Nova Olinda do Norte, Parintins, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Santo Antônio do Içá e Urucurituba.

O boletim aponta, ainda, que sete municípios não realizaram o terceiro LIRAa: Eirunepé, Fonte Boa, Itapiranga, Manaquiri, Manicoré, Santa Isabel do Rio Negro, São Paulo de Olivença.

Para o chefe de Departamento de Vigilância Ambiental da FVS-AM, Elder Figueira, a realização desse terceiro LIRAa demonstrou que 45 cidades amazonenses têm a presença do mosquito Aedes aegypti. “O LIRAa é uma ferramenta que aponta a infestação do vetor e que todos os municípios com a presença do Aedes aegypti devem adotar medidas de intensificação de combate e controle, principalmente, neste período chuvoso que termina em maio do próximo ano”, disse.