Amazonas é 1º lugar no ranking de implantação do tratamento 3HP

A Fundação de Vigilância em Saúde Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), apresentou, nesta quinta-feira (15/09), a experiência do Amazonas com o regime 3HP para tratamento da Infecção Latente da Tuberculose (ILTB) no Brasil, durante evento do Ministério da Saúde (MS). A apresentação foi feita para 24 estados de maneira presencial, e para representantes municipais via Internet.

O Amazonas é o primeiro lugar no ranking de implantação do novo regime, conforme levantamento da Coordenação Geral de Doenças de Transmissão Respiratória do Ministério da Saúde (CGDR/MS). O estado foi convidado para apresentar a experiência dentro do tema “Intensificar a prevenção da TB por meio do uso de novas tecnologias”.

O tratamento da ILTB por meio do regime 3HP reduz o risco de desenvolvimento da tuberculose nas pessoas que foram infectadas com o bacilo de Koch, causador da doença, e ajuda a interromper a cadeia de transmissão, sendo esta estratégia definida como prioritária pela FVS-RCP para eliminação da tuberculose como problema de saúde pública no Amazonas.

A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destacou os avanços possíveis graças à implantação do novo tratamento. “O regime 3HP é uma nova alternativa considerada um grande avanço em relação ao controle da tuberculose no Brasil e, graças ao trabalho de toda a equipe de vigilância, nós temos colhido bons resultados”, explicou.

Resultados positivos

A coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose (PECT), Lara Bezerra, apresentou a organização para avançar na implementação, os desafios e aprendizados para que o Amazonas alcançasse o ranking nacional em primeiro lugar.

Segundo Lara Bezerra, o sucesso na implantação é fruto de um trabalho integrado que envolve a Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), as secretarias municipais de Saúde, o Comitê Estadual de Controle da Tuberculose, pesquisadores da Rede TB e Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

“Essa integração e interseccionalidade tem sido um fator-chave para que a gente tenha conseguido esses resultados e ainda venha ampliar mais”, lembrou Lara Bezerra. Nesse período, um dos avanços importantes do tratamento no Amazonas é a ampliação de 19,8% para 32% do tratamento em pessoas com HIV, que possuem o maior risco para a infeção.

3PH no Amazonas

Em 2022, o 3HP já representou 72,7% de todos os tratamentos iniciados desde setembro de 2021, quando o regime de tratamento chegou ao estado. Até agosto deste ano, a taxa de adesão já supera os 88% dos tratamentos no Amazonas. De 2016 até agora, 3.193 pessoas foram beneficiadas com o tratamento da ILTB no estado.

O 3HP é um regime de Tratamento Preventivo da Tuberculose (TPT) de curta duração, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que combina doses de isoniazida (H) e de rifapentina (P), tomadas uma vez por semana, durante três meses. O 3HP está associado a taxas mais altas de completude do tratamento em relação ao tratamento com isoniazida apenas (TPI).

FOTO: Divulgação/FVS-RCP