Documento reúne estratégias para contenção e controle da doença

 

O Amazonas lança, nesta quarta-feira (19/10), o Plano de Contingência estadual para Monkeypox que reúne estratégias para contenção e controle da doença, que já infectou 178 pessoas no estado até terça-feira (18/10). O material inclui orientações assistenciais, epidemiológicas e laboratoriais para a gestão dos casos da doença, além de orientar ações aos municípios. O documento está disponível em: https://bit.ly/3SdEwhg. 

O plano foi desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM), Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas - Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) e Secretaria Municipal de Saúde (Semsa- Manaus). O documento foi elaborado com base nos conhecimentos científicos disponíveis, bem como nas orientações técnicas divulgadas pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

O secretário de estado da Saúde, Dr. Anoar Samad, reforça que a rede de assistência do estado, incluindo os serviços de pronto atendimento (SPA's), hospitais e prontos socorros, maternidades, está preparada com profissionais capacitados para identificação de sintomas característicos e para coleta de material para exames de confirmação. “É importante destacar que a maior parte dos casos confirmados não necessitam de internação, apenas de cuidados domiciliares que envolvam redução do contato, visto que essa é uma doença de transmissão por contato”, explicou o secretário.  

A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, avalia que é fundamental que os municípios do Amazonas sigam as orientações do plano para o direcionamento das ações para controle da doença. “Esse plano estabelece uma cadeia de fluxo de ações, destacando as ações coordenadas no diagnóstico clínico, laboratorial, controle e prevenção da doença”, ressalta a diretora. 

O documento apresenta as definições de caso suspeito, provável, confirmado e descartado da Monkeypox, além de orientações sobre ações de notificação, rastreamento, monitoramento e isolamento dos casos. O plano inclui o manejo de populações vulneráveis, como gestantes, puérperas e lactantes. 

“É essencial que os profissionais de saúde e a população estejam informados sobre o modo de contágio e as medidas a tomar diante de suspeita da doença, visando a quebra da cadeia de transmissão e evitando o aparecimento de novos casos”, acrescenta a diretora-presidente da FVS-RCP. 

Sintomas, transmissão e prevenção

O Amazonas encontra-se na fase de Emergência de Saúde Pública, uma vez que há confirmação de transmissão local da Monkeypox. Todas as unidades de saúde pública estão orientadas para atender pacientes que suspeitam estar com a doença e realizar o encaminhamento para diagnóstico.

A Monkeypox é uma doença viral, causada por um vírus semelhante ao da varíola humana. O sintoma mais conhecido é o surgimento de pústulas ou lesões pelo corpo, mas o paciente também pode sentir febre alta, dor no corpo e de cabeça, náusea, cansaço e o aparecimento de gânglios, ou ínguas, que podem acometer a região do pescoço, axila e perigenital. 

O contágio ocorre pelo contato, seja por pele, secreções ou objetos pessoais do paciente infectado. A principal forma de prevenção é evitar contato direto com pessoas contaminadas ou com objetos pessoais desses pacientes. A FVS-RCP, em conjunto com a SES-AM, orienta procurar uma unidade de saúde em caso de sintomas da doença. 

Referência

A FVS-RCP é responsável pela Vigilância em Saúde do Amazonas. A instituição funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na avenida Torquato Tapajós, 4.010, Colônia Santo Antônio, Manaus. Os números para contato são (92) 3182-8550 e 3182-8551.

 FOTO: Eduardo Prado/FVS-RCP

LEGENDA: Plano foi divulgado nesta quarta-feira (19/10)