FVS-RCP participa de Oficina sobre Vigilância do Óbito no contexto da saúde indígena
Última atualização: 10 de Dezembro de 2025 - 15:43
Encontro da Sesai reúne estados para aprimorar registros, integrar sistemas e qualificar o cuidado às populações indígenas
A vigilância do óbito voltou ao foco das discussões técnicas nesta quarta-feira (10/12), com a participação da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) na Oficina Regional promovida pela Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde.
O encontro, que segue até 12/12 (sexta-feira), reúne representantes de diversos estados e dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei), com foco no fortalecimento das práticas que qualificam as informações e contribuem para o aprimoramento do cuidado destinado aos povos indígenas.
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destacou que fortalecer a vigilância do óbito é avançar em toda a rede de atenção.
“Cada dado corretamente registrado representa uma oportunidade de compreender melhor nossos territórios e promover respostas de saúde mais potentes. Participar dessa oficina é essencial para ampliar a sensibilidade das investigações e avançar no cuidado ofertado às populações indígenas, que têm características epidemiológicas próprias e demandam uma abordagem respeitosa e integrada.”
O encontro contou também com a participação de Erian Santos, subgerente do Núcleo do Sistema de Informação da FVS-RCP, que reforçou a importância da qualificação contínua dos profissionais.
“Os sistemas de informação são a base para que todo o processo funcione. Quando os registros chegam completos e tempestivos, conseguimos enxergar o cenário real e apoiar as equipes locais na tomada de decisão. Essa oficina contribui diretamente para que os Dsei’s e suas equipes aprimorem a operação dos sistemas e avancem na qualidade das investigações de óbito”, informa.
Para Lirete Fama, da GVO/FVS-RCP, fortalecer a vigilância do óbito na saúde indígena do Amazonas é fundamental, com grupos técnicos e comitês analisando cada caso para identificar causas e orientar melhorias no cuidado.
“A vigilância do óbito vai além dos números. É um processo técnico, científico e educativo que busca identificar fatores e circunstâncias, especialmente em óbitos maternos, infantis, fetais e por causas mal definidas. No Amazonas, com sua grande extensão e desafios logísticos, esse trabalho é ainda mais essencial”, destaca.
Entre os principais temas discutidos estão a padronização dos fluxos de investigação de óbitos, a qualificação dos registros nos sistemas de informação, o fortalecimento da integração entre Dsei’s e redes municipais e estaduais de saúde, além de estratégias para uso mais efetivo dos dados na tomada de decisões e no planejamento de ações nos territórios indígenas.
TEXTO: Maíra Pessoa/ FVS-RCP
FOTO: Cândido Moreira /FVS-RCP
Aviso de Privacidade e Segurança de Dados
Este portal coleta informações do seu dispositivo e da sua navegação por meio de cookies para permitir funcionalidades como: melhorar o funcionamento técnico das páginas e mensurar a audiência do portal, bem como disponibilizar serviços públicos de qualidade. Para saber mais sobre as informações e cookies que coletamos, acesse a nossa Política de Privacidade.